Apresentação do livro do psiquiatra Pio Abreu

Apresentação do livro do psiquiatra Pio Abreu

A obra ‘O Bailado da Alma' do psiquiatra Pio Abreu foi apresentada, no dia 30 de março, na Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, em Coimbra. Autor dos livros "Como tornar-se Doente Mental" (21ª edição, 2013. Lisboa: Dom Quixote), "Quem nos Faz como Somos: Genes, Signos e Identidade" (4ª edição. Lisboa: Dom Quixote), "Estranho Quotidiano" (Lisboa: Dom Quixote, 2009), José Luis Pio Abreu tem desenvolvido e orientado investigação no âmbito da Psiquiatria biológica e psicoterapias, ao longo de mais de quatro décadas.
Nesta sessão, que decorreu na Sala Miguel Torga, o também psiquiatra Carlos Ramalheira apresentou uma intensa e emocionante perspetiva do escritor: "O Pio Abreu foi o meu primeiro tutor já há cerca de 35 anos(…), logo no início do meu treino psiquiátrico. Logo depois, tivemos o privilégio de partilhar uma longa formação psicoterapêutica que implicou, sobretudo da parte do Pio, a disponibilidade para se revelar como pessoa e, ao mesmo nível, de um discípulo, um exigente processo de psicoterapia individual que decorreu ao longo de vários anos. Mais tarde, já como colega de ofício, tive o privilégio de trabalhar com o Pio mais de 20 anos – quer em ambiente de clínica hospitalar quer em ambiente psicoterapêutico – prosseguindo juntos o desígnio de procurar compreender as almas aflitas que a nós recorriam e, nesse passo, procurar compreender e tentar ajudá-las a descobrir objetivos, significados e a descobrir também caminhos alternativos para o seu relacionamento com o mundo e os outros".
Segundo Carlos Ramalheira, o "fundamental das ideias que agora surgem depuradas e organizadas neste livro já andam na cabeça do Pio há mais de 25 anos". Depois de falar do autor – do "seu brilhante percurso académico" e do "trajeto clínico" que o tornaram numa das "figuras mais notáveis da psiquiatria portuguesa do último quartel do século XX e até ao presente" – Carlos Ramalheira falou da mais recente obra. Um livro, acentua, "tão aparentemente simples mas tão ambicioso e criativo nesta fase da sua vida".
No documentário da ESEC TV, visionado nesta sessão, o autor assume: "Há muitos problemas, nossos, que não têm solução, apenas nos obrigam a pensar. A descoberta e o conhecimento são um caminho permanente que não chega a soluções muito claras. Temos sempre alguma coisa para pensar, alguma coisa para continuar. Para nós, o importante, não é exatamente a solução das coisas, é mais o percurso para o conhecimento".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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