Com o objetivo de homenagear a médica e investigadora Maria de Sousa, contribuindo para a investigação na área das Ciências da Saúde, a Ordem dos Médicos e a Fundação BIAL promovem, em parceria exclusiva, o Prémio Maria de Sousa.
Prémio de Investigação Maria de Sousa: Com o objetivo de homenagear a médica e investigadora Maria de Sousa, contribuindo para a investigação na área das Ciências da Saúde, a Ordem dos Médicos e a Fundação BIAL promovem, em parceria exclusiva, o Prémio Maria de Sousa, que visa galardoar e apoiar jovens investigadores científicos portugueses, até aos 35 anos, em projetos de investigação na área das Ciências da Saúde, incluindo um estágio num centro internacional de excelência.
A grande novidade deste ano, é que a Ordem dos Médicos e a Fundação BIAL decidiram alargar o número de investigadores apoiados e o valor global do Prémio Maria de Sousa. Serão premiadas até 5 candidaturas, no valor de 25 mil euros cada, num total de 125 mil euros.
A imunologista Maria de Sousa, Professora Emérita da Universidade do Porto e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), e Investigadora Honorária do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), faleceu a 14 abril, aos 81 anos de idade, depois de uma semana de internamento nos cuidados intensivos do Hospital São José, em Lisboa, vítima de Covid-19. Nascida em Lisboa em 1939 e licenciada em Medicina em 1963, Maria de Sousa prosseguiu a sua carreira académica científica em Inglaterra, Escócia e Estados Unidos da América, onde dirigiu o Laboratório de Ecologia Celular do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova Iorque. Foi nesta altura que se distinguiu enquanto autora de vários artigos científicos fundamentais para a definição da estrutura funcional dos órgãos que constituem o sistema imunológico, entre os quais a descoberta da área timo-dependente (1966), hoje conhecida universalmente por área T.
Regressou a Portugal para o ICBAS em 1985, para fundar o Mestrado em Imunologia. Enquanto docente e investigadora da Universidade do Porto, foi responsável pela constituição de uma equipa de investigação nova no campo da hemocromatose, repartida pelo ICBAS, pelo Hospital Geral de Santo António e pelo então novo Instituto de Biologia Celular e Molecular (IBMC).
Condecorada pelo Presidente da República em novembro de 2016 com a Grã-Cruz da Ordem Militar de San’tiago de Espada. Recebeu inúmeras distinções nacionais e internacionais, designadamente o Prémio “Estímulo à Excelência”, atribuído pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (2004), o Prémio Universidade de Coimbra (2011), o Prémio Universidade de Lisboa, em 2017, ou o Prémio Mina Bissel, em 2018