A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) organiza e promove o curso de introdução à especialidade de Patologia Clínica, START Patologia Clínica 2024, que durante dois dias (28 e 29 de junho), junta, em formato híbrido, reputados especialistas de todo o País. Trata-se de uma ação de formação de grande interesse e potencial valorização curricular para os Internos da especialidade de Patologia Clínica e terá avaliação.
A sessão de abertura contará com a participação do Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, do presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Manuel Teixeira Veríssimo, e do Presidente do Colégio de especialidade de Patologia Clínica da Ordem dos Médicos, João Mariano Pego.
Manuel Teixeira Veríssimo destacou, desde logo, a importância desta ação de formação e outras similares que, sendo um curso de iniciação à especialidade é também importante como forma de criação de espírito de grupo dos patologistas. “A Formação médica é (também) importante para criar espírito de equipa”, acentuou. Também o presidente do Colégio de Patologia Clínica da Ordem dos Médicos secundou esta vertente apontada pelo presidente da SRCOM afirmando que se trata de “uma ocasião única, que nos permitirá estreitar os laços e promover a reflexão crítica entre colegas, assim como a colaboração científica entre pares.”. Na sua intervenção elencou também as inúmeras iniciativas levadas a cabo pelo Colégio de Especialidade que foi eleito em abril deste ano, anunciando que estão a ser definidos e trabalhados vários items em prol da Patologia Clínica, designamente “o novo programa de formação em Patologia Clínica, os critérios de idoneidade formativa, inquérito de caracterização de serviços e grelha de avaliação da prova final de avaliação curricular.”
Carlos Cortes, bastonário da Ordem dos Médicos e também patologista clínico, destacou a importância desta “introdução à especialidade” e recordou o sucesso que marca o START de Patologia Clínica desde a sua primeira edição porque extravasou a região Centro. Referindo-se à “melhor especialidade de todas que é a Patologia Clínica, a segunda será a Medicina Interna”, desencadenado sorrisos entre os presentes e olhando para o presidente da SRCOM que é reputado especialista em Medicina Interna, Carlos Cortes juntou, porém, as características muito interessantes de ambas. Especialidades holísticas, uma e outra, que necessitam de ter “o conhecimento trasnversal e completo do doente e das suas patologias. Nós não seremos bons patologistas clínicos se não tivermos este conhecimento completo”. Frisou: Sem patologia clínica não há medicina, 70 ou 80 por cento das decisões que são tomadas pelos clínicos assentam no trabalho dos serviços da Patologia clínica”. Por fim, enalteceu o trabalho do Colégio de Especialidade adaptando a formação às necessidades dos “novos tempos”. A finalizar, Carlos Cortes lembrou os desafios da Inteligência Artificial, “importante meio” para ajudar a Medicina mas que é essencial contra com a participação dos médicos. “Todos os algoritmos que estão a ser desenvolvidos não estão a ser acompanhados pelos médicos”, alertou.