A Universidade de Coimbra e a Ordem dos Médicos assinaram um protocolo “para o desenvolvimento de atividades conjuntas no âmbito da formação contínua de profissionais de saúde”, tendo o Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, e o Reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, assinado o documento no dia 15 de abril, numa cerimónia que decorreu a Sala do Senado da Universidade de Coimbra.
O bastonário da Ordem dos Médicos – que recordou com emoção que há 30 anos usou ali da palavra enquanto estudante senador – assumiu a especial importância deste protocolo. E é precisamente nesta sala “carregada de enorme simbolismo” que três décadas depois volta a usar da palavra para dar voz à Ordem dos Médicos, instituição que representa mais de 60 mil médicos, assinando esta parceria. “Esta é uma primeira pedra que se lança hoje para construir uma ponte de colaboração absolutamente indispensável entre a Universidade de Coimbra com a Ordem dos Médicos, no domínio da formação pos-graduada.”, assumiu Carlos Cortes. Aliás, o bastonário da Ordem dos Médicos, assumiu a aproximação “estratégica” entre a instituição que lidera e as instituições de ensino superior.
“O saber não pode ter barreiras, entendo que o ensino superior e a Universidade de Coimbra aqui em concreto deverá estar mais próxima das organizações profissionais”, acrescentando que “esta aproximação é absolutamente fundamental porque é estratégica”. Para fazer face às dificuldades, nomeadamente na área da saúde, “acredito que, juntando pessoas e instituições, para nos debruçarmos sobre os desafios da investigação, os desafios do Saber, poderemos em conjunto poderemos ir mais longe”. Razão pela qual, almeja a que esta “primeira pedra” se possa transformar numa ponte sólida e robusta de conhecimento”, e para que “a Ordem dos Médicos esteja mais próxima da Universidade de Coimbra”, aproximação que acredita que também seja importante para a Universidade de Coimbra. Carlos Cortes recordou, por outro lado, que em setembro último a Ordem dos Médicos criou o Fórum de Formação Médica com todas as faculdades de Medicina.
Por seu turno, o Reitor da Universidade de Coimbra assegura que este protocolo surge num momento “feliz”. “A aproximação da academia e as ordens profissionais é fundamental”, sublinhou Amílcar Falcão. “Em relação a esta componente da formação contínua, temos uma faculdade de medicina prestigiada e capaz de nos apoiar e de elevar a Universidade de Coimbra a outros patamares nesta matéria”, acrescentou ainda Amílcar Falcão. Um dos pontos “mais importantes” neste protocolo é a “formação contínua”, esperando-se que no futuro se possa evoluir para outras áreas e com outras dinâmicas. “O Conselho Geral considera que Coimbra é a capital da Saúde e nós temos a obrigação de desenvolver as áreas das Ciências da Saúde no geral. Pegando na analogia citada pelo Bastonário da Ordem dos Médicos – da construção da ponte entre as duas instituições – também o Reitor da Universidade de Coimbra acredita que esta “é primeira pedra de uma ponte que desejamos que seja sólida”, pois “cada vez mais a academia deve abrir-se ao mundo e deve responder a problemas da sociedade”. “Nós não sabemos tudo mas temos a obrigação académica de tentar acompanhar e ajudar e fazer uma aprendizagem”, destacou.
Nesta cerimónia, estiveram presentes o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Manuel Teixeira Veríssimo, o presidente do Conselho Nacional do Internato Médico, João Carlos Ribeiro, a vice-Reitora da Universidade de Coimbra, Cristina Albuquerque, o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Carlos Robalo Cordeiro, o diretor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, Fernando Ramos.