“O envelhecimento exige constante adaptação”

“O envelhecimento exige constante adaptação”

O Fórum Regional do Centro das Ordens Profissionais (FoRCOP) levou a cabo o colóquio “O envelhecimento no século XXI – Inovar para viver” no dia 19 de março, tendo o mote sido dado logo com o primeiro painel “Estar de bem com a vida, em realização pessoal”. Com moderação de Inês Guiomar (Vogal da Delegação Regional do Centro da Ordem dos Psicólogos Portugueses, foram oradores António Maria Costa (Vogal da Assembleia Regional do Centro na Ordem dos Arquitetos – Secção Regional do Centro), João Malva (Neurocientista e Coordenador Científico do Ageing@Coimbra) e Manuel Teixeira Veríssimo (Presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos). O primeiro tema em debate neste evento – que decorreu na Sala D. Afonso Henriques (Antiga igreja) no Convento São Francisco, em Coimbra – suscitou logo um enorme interesse dado que foi denominador comum nas intervenções a importância dos comportamentos que nos transmitem bem-estar, razão pela qual, e em síntese, Manuel Teixeira Veríssimo, que é também o percursor do estudo e desenvolvimento académico da Geriatria em Portugal, tenha dado nota de que “o envelhecimento exige constante adaptação”. Acrescentou ainda: O envelhecimento é um desafio que as sociedades ocidentais venceram em parte; é preciso ter qualidade de vida”.

Na sessão de abertura, Hernâni Caniço (representante da SRCOM no FoRCOP, defendeu a necessidade de planos de proteção social de modo a que se alcance o objetivo de envelhecimento ativo e saudável. Por seu turno, a vereadora municipal com o pelouro da Ação Social, Ana Cortez Vaz, em representação do presidente da Câmara Municipal de Coimbra, considerou premente a adaptação das “políticas nacionais á realidade do envelhecimento da população”. E citou números deveras desafiadores para a comunidade em geral: “por cada 100 jovens existem, em Coimbra, 215 pessoas com 65 anos ou mais”, o que, sublinhou, “representa um aumento de 83% nas últimas duas décadas. Também na sessão de abertura, João Malva, em representação do Reitor da Universidade de Coimbra, sublinhou o valor económico gerado pelo criação de saber e de tecnologias na área do envelhecimento, dando, aliás, destaque, à aposta da Universidade de Coimbra nesta área referindo-se ao consórcio Ageing@Coimbra.

Refira-se que o tema do envelhecimento foi escolhido pela Comissão Permanente do FoRCOP que este ano é formada pela Ordem dos Médicos (que preside), Ordem dos Farmacêuticos e Ordem dos Psicólogos Portugueses. O evento recebeu o contributo e a intervenção de profissionais de diferentes áreas do saber, tendo inclusivamente sido a oportunidade para a apresentação do Plano de Ação do Envelhecimento Ativo e Saudável 2023-2026. O cantor e compositor José Cid deu uma lição de como é envelhecer com entusiasmo, bom humor e jovialidade. Por fim, o evento fundou com a atuação do Coro da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos.

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