A Ordem dos Médicos organizou e promoveu a cerimónia de receção aos médicos internos que escolheram Castelo Branco para prosseguir a sua formação, momento de partilha e troca de experiências que decorreu no dia 21 de fevereiro numa unidade hoteleira da cidade albicastrense.
Ao dar as boas-vindas a todos os jovens médicos que irão iniciar a sua carreira em Castelo Branco, o presidente da Sub-região de Castelo Branco da Ordem dos Médicos e presidente da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, falou das vantagens para a especialização, fazer o doutoramento, sendo que fim último é “prestar os melhores cuidados de Saúde à população”, que é a “razão porque escolhemos esta profissão”. E ao assumir a escolha pela cidade de Castelo Branco nas diversas vantagens para a região – que assim tem “juventude e energia próprios da [vossa] idade”, Miguel Castelo-Branco lembra ainda que para os médicos essa escolha pode redundar em grandes vantagens, desde logo pelo desenvolvimentos dos atuais e modernos cuidados de saúde prestados na região. “Queremos desejar-vos as boas-vindas e, por outro lado, dizer-vos que a Ordem dos Médicos é uma entidade com vários níveis hierárquicos (aqui presentes) e todos muito interessados que a Medicina se desenvolva”. Assumiu: “A nossa ação é que vai continuar a ser determinante daquilo que poderemos continuar a fazer. Passaremos, também, a disponibilizar ações de formação da SRCOM a nível local”. O também presidente do Conselho Diretivo do Centro Académico Clínico das Beiras lembrou as possibilidades de ali levar a cabo projetos de Inovação & Desenvolvimento “aproveitando as diversas sinergias do consórcio” para fazer investigação dando ainda mais um contributo para a Saúde na região bem como para a satisfação dos profissionais na região.
Para o Presidente do Conselho Regional do Centro (CRC) da Ordem dos Médicos, que se descolocou à Beira Alta para participar nesta cerimónia, desejou muitas felicidades para o futuro destes jovens. “É importante escolher esta zona do interior e, até do ponto de vista profissional, muitas vezes, conseguem-se realizar, quer na prática clínica, na investigação ou outras, o que não se consegue fazer nos grandes hospitais”, lembrou Manuel Teixeira Veríssimo. Ao transmitir a ideia de que são necessários também incentivos e mais condições para atrair médicos para o interior, o presidente do CRC manifestou total disponibilidade para apoiar todos os médicos exortando-os também à participação nas atividades da Ordem dos Médicos. “A Ordem dos Médicos somos nós e todos teremos de dar o nosso para isso”, finalizou.
O Bastonário da Ordem dos Médicos, por seu turno, mostrou ser crucial “o trabalho das sub-regiões” e a sua “participação na vida da Ordem dos Médicos”, e depois de cumprir o anfitrião, Miguel Castelo-Branco, agradeceu o “apoio” do presidente do Conselho Regional do Centro, Manuel Teixeira Veríssimo, para o êxito global da instituição. Carlos Cortes – citando o diretor Executivo do SNS que assumira que este é o pior momento do Serviço Nacional de Saúde desde a sua criação – defendeu a necessidade de enfrentar as dificuldades, a má organização, quer nas urgências, quer nas consultas. “Há uma insatisfação dos doentes e também dos médicos, pela forma como são tratados pelo poder político. Os políticos têm muita dificuldade em reconhecer o papel dos médicos “. Mas apesar deste contexto difícil, disse Carlos Cortes, “os médicos têm uma responsabilidade de dar o melhor, uma obrigação ética e moral numa missão de entrega”. Sem esquecer a humanização dos cuidados, Carlos Cortes lembrou os aspetos positivos trazidos pela evolução da Ciência, da tecnologia e da Medicina.
Por parte da Ordem dos Médicos estiveram também presentes nesta receção, Francisco Elias, vice-presidente do Conselho Sub-regional; Renato Gonçalves, Vogal do Conselho Sub-regional; Aida Paulino e Tiago Raínho, da Assembleia de Representantes. Esteve também nesta cerimónia o ex-presidente do Conselho Sub-regional de Castelo Branco, Ernesto Rocha, que após cursar Medicina, deixou Coimbra para se dedicar à Medicina, e à Nefrologia em particular, em Castelo Branco.
A todos os jovens médicos, a Ordem dos Médicos deseja os maiores sucessos pessoais e profissionais.
