Ordem dos Médicos e Sociedade Portuguesa de Medicina Interna avaliam futuro da Medicina Interna 

Ordem dos Médicos e Sociedade Portuguesa de Medicina Interna avaliam futuro da Medicina Interna 

Decorreu em Lisboa a assinatura do protocolo entre a Ordem dos Médicos e a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, documento que visa a criação do grupo de trabalho para o enquadramento da Medicina Interna no futuro do sistema de Saúde e do Serviço Nacional de Saúde. O documento foi assinado pelo Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, pelo Presidente do Colégio de Especialidade de Medicina Interna da Ordem dos Médicos, Faustino Ferreira, pela Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, Lèlita Santos, e pelo Presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Manuel Teixeira Veríssimo, que é também coordenador deste grupo.

Manuel Teixeira Veríssimo, coordenador do grupo de trabalho para o enquadramento da Medicina Interna no futuro do sistema de Saúde e do Serviço Nacional de Saúde, assinala a premência desta iniciativa: “A Medicina Interna é uma especialidade fundamental, e cada vez mais importante, para o bom funcionamento dos hospitais. O facto de não estar a ser uma especialidade pretendida pelos jovens médicos preocupa a Ordem dos Médicos que tomou a iniciativa, em conjunto com o Colégio da Especialidade de Medicina Interna e com a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna fazer uma análise e tentar encontrar soluções para esta situação“. O presidente do Conselho Regional do Centro da Ordem dos Médicos considera, aliás, que o facto dos jovens médicos não considerarem a Medicina Interna como escolha da sua formação especializada é, por si só, um alerta. “A Medicina Interna é fulcral nos hospitais, cada vez mais. Se os jovens não escolhem a Medicina Interna, tal facto preocupa-nos porque vai criar entropias no sistema de saúde“. Esta comissão, que agora lidera, “é para tentar encontrar soluções“, afirma Manuel Teixeira Veríssimo.

“A situação vivida atualmente em muitos hospitais do país exige uma reflexão urgente para encontrar soluções que permitam dignificar a especialidade de Medicina Interna e torná-la mais atrativa para os jovens médicos. Há vários hospitais que não recebem nenhum interno desta especialidade há 3 anos, uma situação muito preocupante,” refere Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos, em nota enviada à comunicação social.

Na mesma nota, refere a a presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, Lélita Santos: “A redução da atratividade da Medicina Interna tem sido uma preocupação da SPMI. Paradoxalmente, esta talvez seja a especialidade mais atrativa de todas as especialidades médicas, mas a grande sobrecarga de trabalho influencia os projetos profissionais e pessoais dos jovens internistas e acaba por afastá-los. “Todos conhecemos as causas do problema e a tarefa deste Grupo de Trabalho é sugerir as soluções. O grupo tem várias gerações de internistas com experiências diferentes, o que vai seguramente enriquecer a discussão e permitir encontrar soluções realistas que possam motivar os jovens, de novo, para a medicina interna”, conclui Lèlita Santos.

De acordo com o estipulado no protocolo, o grupo de trabalho deverá apresentar propostas no prazo de 3 meses a partilhar posteriormente com os novos titulares do Ministério da Saúde.

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