O Gabinete Nacional de Apoio ao Médico (GNAM) apresentou o seu programa em Coimbra, perante os colegas de todas as regiões da Secção Regional do Centro, contando com a presença de Carlos Mota Cardoso (Norte), Mónica Fonseca e José Santos (Sul) e João Redondo, que é coordenador nacional. Por nomeação, para além destes, fazem também parte: José Miguel Paupério, Cristina Pereira Gama, António Francisco Almeida, Nídia Zózimo e Fernando Pereira.
Na sessão de apresentação do novo modelo e da forma de implementação do futuro programa de ação do GNAM, coube ao anfitrião desta sessão, dar as boas-vindas a todos. Para Manuel Teixeira Veríssimo, presidente do Conselho Regional do Centro da Ordem dos Médicos, “este é um tema muito importante e muito atual”.
“O apoio ao médico é transversal, como todos sabemos, e as necessidades são também transversais, desde os médicos mais jovens aos mais velhos. Estamos a atravessar um período de dificuldades na área da Saúde, no Serviço Nacional de Saúde, e, por isso, este gabinete faz todo o sentido e irá ter por certo muita atividade. É importante a sua existência e que tenha capacidade de resposta constante.”, disse o presidente da Ordem dos Médicos do Centro. Mas Manuel Teixeira Veríssimo foi mais longe ao desejar que “este gabinete consiga também influenciar o Governo de modo a que se possa atribuir tempo dedicado” aos médicos neste e noutras atividades. “Nós médicos, na Ordem, fazemos um trabalho enorme em prol da qualidade”, dando como exemplos quer este apoio aos colegas quer no âmbito das visitas de idoneidade”. Por fim, agradeceu a presença de todos e fez votos para que o trabalho futuro seja profícuo.
Nesta tarde do dia 21 de janeiro, na Sala Miguel Torga, o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), ao intervir via zoom, afirmou, por seu turno, ser crucial uma maior aproximação da OM a todos os médicos, ajudando-os nas dificuldades que atravessam e mitigando o impacto que tais problemas têm sobre a sua saúde. “A OM é a instituição que tem de apresentar respostas estruturadas e que possam agregar a participação de todos aqueles estão em cada gabinete de apoio ao médico nas três regiões”, disse. Agregando todas as estruturas, “este será mais um interlocutor a intervir ao nível da tutela, por exemplo no caso da Violência Contra os Profissionais de Saúde no Local de Trabalho” e , por outro lado, “saber quais são as expectativas dos médicos” e, assim, conseguir que a OM, de forma transversal, possa apoiar os médicos possa fazer uma intervenção mais local. Carlos Cortes sublinhou, pois, que neste mandato, “esta é uma aposta muito importante”.
Intervenção, prevenção e investigação são, aliás, os três eixos do Gabinete Nacional de Apoio ao Médico com o objetivo último da dignificação da profissão médica. E o coordenador nacional, o médico psiquiatra João Redondo que é também coordenador do Gabinete de Apoio ao Médico da SRCOM, frisou a necessidade de, cada vez mais, dar condições para que os médicos tenham Saúde e bem-estar de modo a que prestem os melhores cuidados de saúde a quem a eles recorre. Assim, explicou João Redondo, juntando todas as sub-regiões, os gabinetes jurídicos, os gabinetes de apoio ao médicos de cada secção regional, “será possível em breve” definir e delinear uma estratégia inovadora que será apresentada publicamente em abril, quer abordando as questões de género quer quanto à demografia. “Nos próximos dois a três anos, vamos ter 16 426 médicos com mais de 65 anos”, isto é, com potencial para ir para a reforma. Este dado demográfico, sinaliza João Redondo, “merece uma reflexão”. Estes e outros temas serão, pois, abordados de forma a capacitar os membros do GNAM a dar a melhor resposta aos colegas e em tempo útil.
Nas semanas seguintes foi efetuada idêntica apresentação num périplo pelas restantes regiões da Ordem dos Médicos.