Na sessão de apresentação da auditoria da Deloitte à Formação Médica que decorreu hoje em Lisboa, o presidente do Conselho Regional do Centro e do Conselho Nacional da Pós-Graduação da Ordem dos Médicos, Carlos Diogo Cortes, lamentou que os serviços do Ministério – e os organismos que dele estão dependentes – não entreguem os inquéritos de idoneidade a tempo, referindo que, este ano, 344 serviços não entregaram os inquéritos à Ordem dos Médicos dentro do prazo legal, isto é, até ao dia 15 de março, o que prejudica e dificulta o trabalho da instituição.
A Ordem dos Médicos, salientou, produz anualmente 1000 relatórios de idoneidade que são enviados à tutela mas a total ausência de feedback impede qualquer perceção sobre o valor que é atribuído a este trabalho. Ainda assim, Carlos Cortes não duvida que todos os intervenientes no processo pretendem que se mantenha a elevada qualidade da formação médica, como tem sido até aqui. A presidir a esta sessão, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, agradeceu aos auditores da Deloitte e relembrou que a concretização desta avaliação de processos foi um desígnio seu desde o primeiro mandato pois só assim é possível perceber o que pode ser preciso melhorar no processo de atribuição de idoneidades formativas.