"É preciso que as valências desta unidade hospitalar funcionem, para poder verdadeiramente servir a população", disse o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos após a visita ao Hospital Compaixão, em Miranda do Corvo, propriedade da Fundação Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional (ADFP). Carlos Cortes inteirou-se da capacidade instalada e das diversas valências do futuro hospital quer de Imagiologia (TAC, Radiologia, Mamografia e Ecografia) quer de Cirurgia e de Internamento de Medicina/Cuidados Continuados de Convalescença e Paliativos. Carlos Cortes considerou, aliás, ser "lamentável" a atitude do Ministério da Saúde que ainda não tenha permitido o funcionamento desta unidade que está pronta a servir a população desde março de 2019, por falta de acordos com o Serviço Nacional de Saúde.
"Acho que é muito importante que o Ministério da Saúde não limitar a sua ação aos grandes centros urbanos, pois deve colocar o seu olhar em zonas mais desprotegidas e mais carenciadas", acentuou o presidente da SRCOM.
O médico Jaime Ramos e presidente do Conselho de Administração da Fundação ADFP foi o cicerone desta visita que contou também com a participação do administrador hospitalar, Carlos Filipe Fernandes, e da engenheira/projetista Gabriela Costa Andrade Morais. Durante a visita Jaime Ramos pormenorizou todo o potencial das valências médico-cirúrgicas e destacou as mais-valias para a população desta região do Pinhal Interior, designadamente dos Vales dos rios Ceira e Dueça e concelhos vizinhos da vila de Miranda do Corvo.
A unidade, com três pisos, possui bloco cirúrgico com duas salas, área de urgência, ambulatório, consultas externas e áreas de internamento. Foi construído com os mais modernos sistemas, designadamente, de Segurança Contra Risco de Incêndios. Possui 54 camas.
Jaime Ramos está convicto de que, com o funcionamento desta instituição, garantirá ao SNS "uma maior sustentabilidade com redução de custos unitários para o Estado" e ajudará à "prestação de cuidados de proximidade às populações do Pinhal Interior" não descurando outra vantagem: a criação de emprego e postos de trabalho. "O Hospital será um equipamento âncora", defende Jaime Ramos, inconformado com a falta de resposta da tutela aos pedidos de estabelecimento de acordos de cooperação com esta IPPS a fim de dar resposta clínica e assistencial às populações desta região, à semelhança do que acontece com os hospitais de Oliveira do Hospital e da Mealhada.
Texto e Fotos ©SRCOM / Paula Carmo