Ordem dos Médicos do Centro repudia distribuição de vagas para assistente graduado sénior

Ordem dos Médicos do Centro repudia distribuição de vagas para assistente graduado sénior

 

Numa posição pública a dois tempos, a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos reclamou junto do Ministério da Saúde a correção das vagas para assistente graduado sénior na região Centro. Depois de, na sexta-feira (18 outubro), mal foi publicado o Despacho com a distribuição das vagas postas a concurso pela tutela, a Ordem dos Médicos veio tecer duras críticas dada a escassez de vagas para a categoria de topo na carreira médica do Serviço Nacional de Saúde. Contudo, a intervenção da Ordem dos Médicos não se quedou com esta posição pública. O presidente da Secção Regional do Centro, Carlos Cortes, escreveu a todos os colegas da região.

Na carta, enviada esta segunda-feira (21 de outubro), o presidente assume: "É lamentável que o Ministério da Saúde, advogando-se como defensor do Serviço Nacional de Saúde, falhe o seu objetivo à primeira oportunidade. É lamentável que o Ministério da Saúde não reconheça a importância e o contributo fundamental das carreiras médicas para a sustentabilidade do SNS". Nesta missiva, Carlos Cortes alerta ainda para o facto de "os cuidados de saúde primários não tiveram qualquer vaga, nem para a Medicina Geral e Familiar, nem para a Saúde Pública". Lê-se ainda: "Foram ignoradas a maioria das especialidades hospitalares, prejudicando ainda mais o nível assistencial e formativo dos serviços. Das 200 vagas abertas a nível nacional, só 7,5% foram atribuídas à região Centro", aponta.

Na carta, assume ainda que "as vagas para assistente graduado sénior são estratégicas para o desenvolvimento do SNS, para o funcionamento das equipas multidisciplinares, para o aprofundamento da diferenciação técnica e para a adequada estruturação dos serviços". (…) "Entendemos a qualificação dos serviços e subjacente alargamento da capacidade formativa como pilares de uma política de cuidados de saúde sustentável e consentânea com as necessidades das populações e legítimas expectativas dos profissionais de saúde, em termos de carreiras e de condições de trabalho", considera Carlos Cortes.
Estas posições públicas tiveram eco na comunicação social.

Pode ler aqui, por exemplo:

RTP

Jornal de Notícias

 

 

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