Ordem dos Médicos e Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra assinam protocolo de colaboração

Ordem dos Médicos e Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra assinam protocolo de colaboração

Carlos Cortes e Duarte Nuno Vieira rubricaram, hoje de manhã, o protocolo de colaboração entre a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) e a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), que ambos respetivamente dirigem.

"Aproximar a Faculdade de Medicina da Ordem dos Médicos faz todo o sentido e é um passo muito importante", assumiu Carlos Cortes. Na sua intervenção, o presidente da SRCOM sublinhou o contributo da professora da FMUC Marília Dourado "que, em boa hora, desafiou a Ordem dos Médicos para a concretização desta profícua colaboração" iniciada, aliás, já há algumas semanas. Carlos Cortes agradeceu, pois, a "visão da FMUC que, conjuntamente com a Ordem dos Médicos, pode aprofundar a relação institucional que ambas as instituições têm tido".
A participação em projetos conjuntos de investigação, a organização conjunta de cursos na SRCOM e a promoção de debates

Ao intervir durante o programa da sessão científica que incluiu a entrega da Medalha de Ouro da FMUC ao Professor Doutor Manuel Antunes, Carlos Cortes agradeceu, em nome da Ordem dos Médicos, o inestimável contributo do cirurgião por "tudo o que fez pelo ensino médico, pela sua participação na Ordem dos Médicos, pela sua defesa incansável da qualidade da saúde e da qualidade do Serviço Nacional de Saúde, e por ser o cidadão que é: médico pleno, do ponto de vista técnico, científico, clínico, um médico inconformado, médico cidadão e sempre muito participativo".

Para além da SRCOM, esta cerimónia incluiu também a assinatura de protocolos entre a FMUC e o Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, o Grupo Sanfil Medicina, a Sociedade Portuguesa de Medicina Física e Reabilitação e a, ainda, com a Câmara Municipal de Cantanhede.

"Os protocolos mostram, claramente, esta visão multifacetada da Faculdade de Medicina", acentuou o professor Américo Figueiredo. Em seu entender, "a Ordem profissional, a dos Médicos, o Instituto Politécnico, um parceiro privado de saúde, uma sociedade científica e uma autarquia envolvida desde há anos em investigação biomédica são somente exemplos dos inúmeros protocolos assinados nos últimos quatro anos. Momentos antes, o professor Américo Figueiredo destacou algumas das valorosas iniciativas e das principais missões da FMUC que redundam, entre muitas outras mais-valias, em "mobilidade social, prestação de serviços ao país, à região e comunidade locais , instrumento de aplicação de políticas nacionais – por exemplo, de igualdade de oportunidades para mulheres e minorias raciais – e preparação para a liderança social". Outra missão consiste em envolvimento da universidade com as comunidades e a sociedade em geral tendo a faculdade uma "visão holística".

Professor Manuel Antunes regressa à docência na Faculdade que hoje lhe entregou a Medalha de Ouro

Por proposta do Conselho Científico da FMUC, aprovada por unanimidade em reunião realizada a 2 de julho de 2018, ratificada também por unanimidade pelo Conselho Pedagógico em reunião de 13 de julho , deliberou a Assembleia da Faculdade, igualmente por voto unânime, atribuir ao professor Doutor Manuel Antunes a medalha de ouro da FMUC. Nos termos dos estatutos da FMUC esta medalha é atribuída a individualidade ou instituições que se tenham distinguido por serviços e/ou contribuições de excecional qualidade. Coube ao presidente da Assembleia da FMUC, Manuel Santos Rosa, fazer o elogio do homenageado. "Ato justificável e oportuno", asseverou, "de alguém que muito deu à nossa faculdade e à nossa universidade. ".

Ao usar da palavra, o professor Manuel Antunes lembrou o a lição de jubilação que proferiu no exato dia em que completara 70 anos, no âmbito da qual passou em revista a sua vida clínica e académica e dando o destaque ao percurso na FMUC.
O cirurgião cardiotorácico sublinhou ainda o facto de, ao longo de 31 anos, terem sido formados 20 novos especialistas e oito estão atualmente em formação; destacou o trabalho académico de membros da equipa em programas de doutoramento, lembrou a intensa atividade científica com a publicação, por exemplo, de mais de 400 artigos em revistas da especialidade com revisão por pares e dois livros integrais. Muitos foram também os reconhecidos contributos em novas técnicas cirúrgicas, lembrou.

Dirigindo-se ao Reitor da Universidade de Coimbra, aos colegas, aos estudantes e funcionários presentes no auditório da Sub Unidade III da FMUC, Manuel Antunes acentuou: "Após a jubilação mantenho-me inteiramente ao dispor da nossa faculdade e da nossa universidade (…). Há três meses pedi a reintegração na UC ao abrigo do disposto do decreto-lei nº6/2019 de 14 de janeiro que agora permite a continuação do serviço para além dos 70 anos, em casos de interesse público excecional (…). Esta solicitação recebeu o apoio unânime do Conselho Científico da nossa faculdade e obteve há cinco dias do Magnífico Reitor, dentro da competências que lhe são conferidas, estatuto da Carreira Docente Universitário. Volto pois a esta casa de onde, aliás, nunca verdadeiramente saí". Agradeceu a homenagem e, emocionado, dedicou esta medalha à sua família, na pessoa da sua mulher.

No encerramento desta cerimónia, o Reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, acentuou o facto desta homenagem se traduzir num dia muito relevante para a UC, felicitando o diretor da faculdade de Medicina, o professor Catedrático Duarte Nuno Vieira, por esta iniciativa de atribuição da medalha de ouro ao Professor Manuel Antunes. O Reitor destacou também a importância da assinatura dos cinco protocolos, o que "demonstra a vitalidade da Faculdade de Medicina, e a sua abertura à sociedade". Em seguida, referindo-se à homenagem ao Professor Doutor Manuel Antunes, o Reitor destacou o percurso excecional e os êxitos que obteve como médico e a sua enorme qualidade enquanto gestor, não esquecendo a sua faceta humanitária.

Referindo-se ao contrato celebrado na semana passada para a continuidade da docência universitária, Amílcar Falcão assumiu: "Enquanto o professor quiser continuar a dar-nos o prazer de contribuir para a formação dos nossos estudantes de Medicina e enquanto eu for Reitor, tem sempre as portas abertas. Creio que a universidade não faz mais do que reconhecer, com justiça, aquilo que foi todo o seu percurso profissional em prol da saúde e em prol da universidade, dos hospitais de Coimbra, de Portugal e do mundo. ".

 Texto e Fotos ©SRCOM / Paula Carmo

 

 

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