“Temos de nos constituir como uma barreira contra a desumanização na Saúde”

“Temos de nos constituir como uma barreira contra a desumanização na Saúde”

Decorreu na sede da Sub-região de Aveiro da Ordem dos Médicos a cerimónia de receção de novos internos. "Ética na Prática Profissional" foi o tema escolhido para a intervenção proferida pelo Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, João Pires da Rosa. O magistrado, que pertence à Comissão de Ética do Hospital D. Pedro desde 1994, lembrou aos mais novos a importância das relações humanas. "A empatia, pegando nas palavras de Carlos Cortes, é muito importante" realçou.

Momentos antes desta intervenção (que versou sobretudo sobre as ambivalências do Consentimento Informado), foi o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos que colocou o acento tónico na relação insubstituível entre o doente e o médico. "Temos de nos constituir como uma barreira contra a desumanização na Saúde", exortou, para acrescentar de imediato que urge combater todos obstáculos que tentam travar a ligação doente-médico.

Lembrando o contributo que a Ordem dos Médicos está a dar na defesa dos doentes, Carlos Cortes citou o documento que foi desenvolvido com os contributos dos colégios das Especialidades e Competências e das Secções de Subespecialidade da Ordem dos Médicos. O documento, que se encontra em discussão pública, pretende dar um contributo para a definição dos tempos-padrão para Consultas Médicas. "Este é um dos contributos mais importantes para a humanização. Foi divulgado no Dia Mundial do Doente e é um instrumento em defesa dos doentes", sublinhou Carlos Cortes.

Nesta sessão, a presidente do Conselho Subregional de Aveiro da OM, Beatriz Gusmão Pinheiro, lembrou que é necessário "aprender a fazer porque temos sempre muitas pessoas a olhar para nós". Por seu turno, coube ao presidente da Mesa da Assembleia Sub-Regional, Carlos Simões Pereira, fazer uma breve introdução ao palestrante convidado e apelou aos jovens médicos para que se envolvam nas atividades da Ordem. "A nossa/vossa Ordem é muito importante, sobretudo agora, numa sociedade agitada. Só a Ordem nos pode representar e lutar pela dignificação da nossa profissão", acentuou Simões Pereira.

 

© Fotos/SRCOM – Paula Carmo  

 

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