As ordens profissionais da área da Saúde fora ouvidas na Assembleia da República, na tarde de 26 de fevereiro, no âmbito do Grupo de Trabalho da Lei de Bases da Saúde. O Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, esteve no Parlamento com o presidente da Secção Regional do Centro, Carlos Cortes, e o presidente da Secção Regional do Sul, Alexandre Valentim Lourenço.
Na audição, o bastonário da OM lamentou o pouco tempo atribuído para apresentar sugestões (cinco minutos) e, ao expressar esta crítica, justificou a apresentação de um documento escrito com os contributos da Ordem dos Médicos. A coordenadora deste Grupo de Trabalho parlamentar, a deputada Carla Cruz, assumiu que inicialmente tinham sido estipulados cinco minutos para cada Ordem, a fim de apresentação de propostas, mas que todos os grupos parlamentares decidiram, neste mesmo dia da audição, aumentar para 10 minutos. Ainda assim, a Ordem dos Médicos apresentou o documento escrito do Conselho Nacional a todos os deputados que constituem este Grupo de Trabalho. Nele são escalpelizadas várias matérias, consoante as propostas das cinco iniciativas legislativas.
No texto, a Ordem dos Médicos propõe, entre outras sugestões, a retirada das referências às terapêuticas não convencionais, e a extinção da Entidade Reguladora da Saúde. Por outro lado, no mesmo documento, a Ordem dos Médicos assume: "Para investir mais no Serviço Nacional de Saúde não é preciso uma nova Lei de Bases da Saúde".