Pode aceder aqui ao álbum desta homenagem que teve lugar no dia 24 de janeiro (quinta-feira), lotando a Sala Miguel Torga da Ordem dos Médicos, em Coimbra, contou com as intervenções do Embaixador da República da Guiné-Bissau, Dr. Hélder Vaz Lopes, do Cônsul da República da Guiné-Bissau no Porto, Dr. José Manuel Pavão, do Subdiretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Prof. Doutor Paulo Moura, do Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Prof. Doutor Fernando Regateiro, do médico e Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Prof. Doutor Norberto Canha e do presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Dr. Carlos Cortes.
O Professor Noberto Canha tem desenvolvido um importante trabalho humanitário em prol dos doentes da Guiné-Bissau, nomeadamente daqueles que sofrem de filariose linfática, também conhecida como elefantíase. Colegas e amigos, com o patrocínio da Embaixada da República da Guiné-Bissau, decidiram levar a cabo uma homenagem, como reconhecimento desta componente humanitária e solidária da personalidade do médico filantropo. O Embaixador deixou o anúncio da condecoração do Estado guineense ao ilustre cirurgião.
Norberto Canha, natural de Vales, Alfândega da Fé (Bragança), tem o seu registo de nascimento a 18 de agosto de 1929. Cursou Medicina em Coimbra findo o qual se inscreveu na Ordem dos Médicos a 24 de abril 1957. O médico ortopedista desde sempre se interessou pela filariose linfática, doença que afeta muitos cidadãos em África, nomeadamente, na Guiné-Bissau. Dando sequência a um trabalho realizado nos anos 60, quando prestou serviço militar na Guiné (cirurgião militar mobilizado entre 1961 e 1963), e depois fugazmente recuperado no anos 90 do século XX, o Professor Norberto Canha reuniu uma equipa de profissionais de saúde bem como os recursos económicos necessários e partiu para a Guiné-Bissau em Janeiro de 2018 com a missão de chefiar essa equipa cirúrgica que deveria efetuar 20 cirurgias. A missão (Missão Catimbó) terminou com enorme sucesso, já que foram realizadas 47 cirurgias. Animado pelos resultados, projeta com a sua equipa uma segunda ida que terá lugar no próximo mês de Fevereiro.