Países de língua portuguesa criam rede de serviços médico-legais

Países de língua portuguesa criam rede de serviços médico-legais

 

Na sessão de abertura do 16.º Congresso Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses foi formalmente assinada a constituição da Rede de Serviços Médico-Legais de Língua Portuguesa. Promover o intercâmbio de de conhecimentos, com vista à melhoria da atividade pericial, promover a qualidade no exercício da atividade pericial medico-legal e forense, mobilidade de especialistas entre serviços médico legais e forenses de países de língua portuguesa são alguns dos objetivos.

No auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, esta sessão contou com as intervenções do presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), Francisco Corte Real, da secretária de Estado adjunta e da Justiça, Helena Mesquita Ribeiro, do presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, e do Reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva.

O professor Francisco Corte Real revelou que já foi nomeado um grupo de trabalho para estudar a possibilidade de realização de autópsias aos fins de semana e feriados, como resposta célere. Ao fazer um balanço da atividade do INMLCF e também a antevisão das próximos desafios, Francisco Corte Real recordou os momentos difíceis ocorridos este ano, provocados pelos trágicos acontecimentos dos incêndios, levando-o mesmo a dizer que este "foi o ano mais difícil" da existência do Instituto. "Vimos profissionais extenuados mas não vimos desistências até à identificação das vítimas", acentuou. Francisco Corte Real colocou ainda a tónica na aposta da formação, na recuperação das pendências periciais e dos pareceres médico-legais. "Continuaremos também a trabalhar com o Colégio da especialidade de Medicina Legal e a competência de Dano Corporal da Ordem dos Médicos no estabelecimento dos padrões de qualidade". 

Ao sublinhar o reconhecimento pela atividade do INMLCF, o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos destacou o importante papel que a instituição desenvolve no domínio da formação e na atividade científica. Carlos Cortes congratulou-se com a constituição da Rede de Serviços Médico-Legais de Língua Portuguesa que, a seu ver, desempenhará importante papel na formação e na troca de conhecimentos e saberes.

Na sua intervenção, Carlos Cortes sublinhou ainda o "diálogo profícuo para o desenvolvimento técnico, científico e da formação" entre a Ordem dos Médicos e o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, nomeadamente através dos colégios e competências representados na Ordem dos Médicos. Por fim, deixou uma palavra de "elevado reconhecimento e imensa gratidão, como dirigente da Ordem dos Médicos mas também como cidadão, por tudo aquilo que o Instituto desenvolve, muitas vezes na sombra; a atividade destes profissionais altamente competentes honra prestigia a sociedade portuguesa". Carlos Cortes frisou o "reconhecimento e orgulho da Ordem dos Médicos por ter profissionais dedicados, como os da Medicina Legal". 

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