Norberto Canha lança dois livros para levar missão médica à Guiné

Norberto Canha lança dois livros para levar missão médica à Guiné

 

"Justiça" e "Capitalismo – Queda e Renascer do Primeiro e Último Império" são os dois livros que Norberto Canha vai lançar no próximo dia 24 de junho, pelas 16h00, no Pavilhão de Portugal, no Parque Verde, em Coimbra. Cinco euros das receitas de cada livro vendido revertem a favor do projeto Missão Catimbó, que tem por objetivo tratar a doença tropical Filariose Linfática na Guiné Bissau.

O primeiro título – "Justiça" – surge da preocupação do autor com o atual sistema judicial em Portugal. "A Justiça está em descrédito. Como é reconhecido por todos, é morosa, tardia, sindicalista e corporativa, sem embargo de notáveis magistrados, dissociada da experiência e da realidade, e por isso, distante, desadequada e desigual." Norberto Canha considera que é necessário quantificar o papel de todos os intervenientes no processo judicial, assim como criar a figura do tutor. "Justiça" apresenta ainda relatos pessoais e considerações sobre a situação da Universidade Vasco da Gama, da qual é sócio fundador.

O segundo livro – "Capitalismo – Queda e Renascer do Primeiro e Último Império" – aborda a descolonização portuguesa e expõe relatos da vida nas colónias ultramarinas – Angola, Guiné e Moçambique – já que o autor viveu em diferentes períodos nestes três territórios. O título surge da referência que Norberto Canha faz à interferência do "Capitalismo dos Capitalistas" e do "Capitalismo de Estado (vulgo Comunismo)" nos processos de independência das províncias ultramarinas. Inclui ainda textos de outros autores, como Luíz Canavarro, Américo Alves Petim e Sílvio Santos.

 

Este evento servirá também para promover o projeto coordenado por Norberto Canha, Missão Catimbó, assim como angariar fundos para o mesmo. Desenvolvido com o apoio da Associação Água Triangular (ONGD) e Union Fraternelle (Suisse) pretende levar uma equipa médica à Guiné Bissau e operar cerca de 20 pacientes afectados pela elefantíase neste país.
"Quando o Diário As Beiras deu a notícia da ida à Guiné Bissau, em novembro, fui com o objetivo de observar o estado dos hospitais locais e posteriormente operar doentes portadores da doença designada por elefantíase, que embora possa ser uma doença congénita, neste caso tem como transmissor um mosquito, e o agente é uma filária, que ao obstruir os vasos linfáticos, vai provocar a elefantíase." – explica o autor.
"O objetivo é transmitir os conhecimentos a cirurgiões locais – já anteriormente o fizemos – para instruí-los a curar a doença e as deformidades, através de técnicas descobertas e criadas por nós quando fui tenente miliciano e cirurgião militar na Guiné Portuguesa (à época). Descobrimos a cura em trabalho conjunto com a Missão do Sono e Outras Endemias da Guiné Portuguesa, iniciada com a cirurgia das mutilações leprosas."

A data da viagem e das operações ainda não está marcada e depende da obtenção de fundos e apoios para que as intervenções possam ser executadas com segurança. Prevê-se que estas ocorram no Hospital da Comura, que pertence à Igreja na Guiné, e que terá as condições necessárias, de acordo com Norberto Canha.

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