"Foi para mim um gosto trabalhar com Jaime Mendes durante três anos, e uma experiência enriquecedora", assumiu o atual presidente da Secção Regional do Centro, Carlos Cortes, ao intervir na sessão de lançamento do livro "Correspondência de Abílio Mendes com Abel Salazar", de Jaime Mendes (anterior homólogo de Carlos Cortes, na Secção Regional do Sul da Ordem dos Médicos).
A obra, que tema chancela da Âncora Editora, mereceu uma ampla e completa análise por parte do prof. Doutor António Casimiro Ferreira (Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra) e do prof. Doutor Américo Figueiredo (Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra). António Baptista Lopes, o editor, destacou as "magníficas lições" destes dois vultos da nossa cidadania que "deixaram uma marca da contemporaneidade" e que em boa hora "o Dr. Jaime Mendes, filho Abílio Mendes" deixa como legado e testemunho. "Este livro é muito importante", sublinhou António Baptista Lopes.
Por fim, ao autor, emocionado, reconheceu que não se 'fazem amigos apenas na infância' ao citar a amizade que nutre por Carlos Cortes e Américo Figueiredo. "Agradeço também a análise que fizeram a esta obra, o Américo Figueiredo e António Casimiro". Jaime Mendes, ao usar da palavra, reconhece que todas as análises já efetuadas à obra são, afinal, mais um contributo para enriquecer o livro. "Não conheci Abel Salazar porque faleceu muito novo mas o meu pai falava muito dele. Foi difícil fazer este livro porque era difícil traduzir todas as cartas, porque eram duas letras de médico. Houve uma altura que quiseram apagar a parte política de Abel Salazar. Estas cartas demonstram que Abel Salazar era uma pessoa empenhada politicamente", sublinhou Jaime Mendes.