“Deposita-se uma esperança enorme nos cuidados de saúde primários”, assinala Carlos Cortes

“Deposita-se uma esperança enorme nos cuidados de saúde primários”, assinala Carlos Cortes

"Deposita-se uma esperança enorme nos cuidados de saúde primários", assinala Carlos Cortes

Cento e seis médicos iniciam o Internato de Medicina Geral e Familiar na região Centro, fase formativa que terminará em 2021. Na receção que decorreu no auditório da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, enfatizou o respeito e a admiração pelos colegas de Medicina Geral e Familiar. "Deposita-se uma esperança enorme nos cuidados de saúde primários, para resolver a esmagadora maioria dos problemas que existem no Serviço Nacional de Saúde". Porém, Carlos Cortes voltou a colocar o acento tónico nos alertas que vem fazendo: "Ao longo dos últimos três anos, em visitas que tenho efetuado, verifico que faltam condições mínimas em muitos centros de saúde". Especificou: falta de medicação básica, falta de equipamentos de diagnóstico simples. "A primeira ajuda para o doente chega através do seu médico de família, Esta relação com o doente é absolutamente única em todos o Serviço Nacional de Saúde, temos de saber acarinhar esta especialidade única, central e preciosa. Isso não tem sido feito pela tutela, nos últimos anos". O presidente da SRCOM voltou também a apelar aos jovens colegas para que "sejam exigentes" com a sua formação, com os seus formadores e também com a Ordem dos Médicos. "Essa exigência tem-vos acompanhado desde a faculdade. A partir de agora, terão de aprender o papel da Medicina humanizada, agora está nas vossas mãos", sublinhou, desejando um futuro promissor a todos.
Coube ao coordenador do Internato de Medicina Geral e Familiar da região Centro, Rui Nogueira, fazer o retrato da especialidade, dando conta de que existe um aumento de 30 por centro nos ingressos: "Estamos a atingir níveis que não são comportáveis", assinalou. Por fim, nesta cerimónia, o presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, José Tereso, destacou também a necessidade de "humanização dos cuidados de saúde".

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