Covilhã: Carlos Cortes participou nas Jornadas de Formação Científica e Educação Médica

Covilhã: Carlos Cortes participou nas Jornadas de Formação Científica e Educação Médica

O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, foi um dos oradores convidados das Jornadas de Formação Científica e Educação Médica organizadas pelo MedUBI – Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior (UBI), no dia 18 de janeiro de 2017.
No painel dedicado à Atualidade Médica, Carlos Cortes falou sobre "O papel da Ordem dos Médicos" através de uma abordagem transversal e sucinta sobre esta instituição quase secular. De entre as inúmeras competências da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes destacou a importância na formação: "O médico tem um processo de aprendizagem durante toda a sua vida. Há uma tentação dos governos em retirar essa competência à Ordem dos Médicos", aludiu num dos auditórios da Faculdade de Ciências da Saúde, na Covilhã.

Após a sua conferência, Carlos Cortes participou, também, na mesa redonda intitulada "Linha da Frente (Atualidade Médica)" que juntou o Diretor do Mestrado Integrado de Medicina – UBI, Miguel Castelo Branco, o presidente do Conselho de Administração e Diretor Clínico do Centro Hospitalar Cova da Beira, João Casteleiro, a presidente da Associação Nacional de Estudantes de Medicina, Ana Rita Ramalho. A moderação do debate esteve a cargo do estudante Jorge Pereira. Tema central neste debate foi o equilíbrio entre o número de estudantes de medicina e as necessidades do nosso País. "As necessidades do País são finitas, sabemos que, daqui a dois ou três anos, estarão resolvidas as carências de médicos de família em Portugal", frisou o médico patologista clínico. Prosseguindo o seu raciocínio no âmbito das capacidades formativas do nosso País, o presidente da SRCOM acentuou a necessidade de "aumentar a exigência do Ano Comum". Disse ainda: "A existência de tantos diplomados em Medicina é uma falsa perspetiva de futuro. Este País não tem capacidade para absorver todos os diplomados". E, em jeito de desabafo, acusou: "Tenho pena que o Poder político insista neste número exagerado de estudantes de Medicina. As fusões hospitalares também não têm ajudado". "Uma das maiores preciosidades que temos é a relação com o nosso doente", frisou, perante dezenas de alunos que aderiram a esta iniciativa no âmbito do programa (In)Forma-te.
Novo modelo de prova de seriação, a fixação de médicos nas regiões do interior, o médico no futuro – eis outros temas abordados neste painel.

 

Texto e Fotos ©SRCOM / Paula Carmo 

 

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