O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, visitou o Hospital Arcebispo João Crisóstomo, na cidade de Cantanhede, tendo-se confrontado com a exiguidade de recursos humanos médicos do quadro naquela unidade de saúde. Em concreto, este hospital apenas possui quatro médicos no quadro (dois internistas e dois cirurgiões) e 35 avençados ou contratados a empresas. Perante esta exiguidade de recursos médicos no quadro, Carlos Cortes prestou declarações aos jornalistas. À agência Lusa, o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos disse mesmo ter ficado surpreendido com esta escassez. "É como o hospital existisse de forma artificial, à custa de empresas de contratação de médicos", disse, acrescentando que se trata de "uma situação inadmissível e que está a asfixiar o hospital de Cantanhede". Carlos Cortes que efetua inúmeras visitas aos centros de saúde e hospitais da região Centro, "para melhor conhecer a realidade", percorreu as excelentes instalações deste hospital que, entre outros fatores, se distingue pela unidade de Cuidados Paliativos, criada em 2007.
À agência Lusa, Carlos Cortes destacou a dedicação dos profissionais de saúde deste hospital mas criticou o facto de no ministério da Saúde "aparentemente, alguém se esqueceu" do Hospital de Cantanhede. O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos sustenta ainda as suas críticas pelo facto desta unidade de saúde estar há um ano em gestão corrente., uma vez que o presidente do Conselho de Administração saiu para Aveiro e outro elemento, com funções de vogal, ter cessado funções. Disse à Lusa: "Só tem dois elementos, tem à sua frente a diretora clínica e o diretor de enfermagem. Será que alguém também se esqueceu? É impossível sustentar um hospital desta maneira".
Cantanhede: Carlos Cortes denuncia falta de médicos no quadro após visita ao Hospital Arcebispo João Crisóstomo
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