Carlos Cortes exorta futuro ministro da Saúde a apostar na Medicina Geral e Familiar

Carlos Cortes exorta futuro ministro da Saúde a apostar na Medicina Geral e Familiar

O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, fez um apelo ao futuro titular da pasta da Saúde para que valorize o papel crucial dos médicos de família. Ao intervir na sessão de encerramento do 19º Congresso Nacional de Medicina Geral e Familiar, em Viseu, Carlos Cortes exortou: "Senhor Futuro Ministro da Saúde, não queira ficar para a história com este legado do Dr. Paulo Macedo. Não aposte na medicina indiferenciada. Não seja também responsável por este retrocesso de décadas nos cuidados de saúde". Por contraponto, o representante da Ordem dos Médicos do Centro considera ser fundamental que o próximo governante a desempenhar as funções de ministro da Saúde deverá, isso sim, "apostar nos médicos de família, apostar na exigência da sua formação, apostar numa medicina familiar de qualidade".
Ao elogiar esta iniciativa que decorreu na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, de 25 a 27 de setembro, que contemplou ainda o 14º Encontro Nacional de Internos e Jovens Médicos de Família, o presidente da SRCOM destacou o papel ao longo dos anos da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar que, com esta iniciativa, regressou à cidade de Viseu onde em 1988 tinha sido a entidade organizadora do terceiro Congresso Nacional de Medicina Familiar. O 19º congresso, neste último fim de semana de setembro, contou com a participação do presidente da Comissão Científica, Lino Ministro; presidente Honorário da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), Mário Moura; responsável pela Comissão Científica de Internos, Ana Barata; presidente da APMGF, Rui Nogueira.
Aos médicos de família portugueses, Carlos Cortes reconheceu o importante e imprescindível contributo para uma maior e melhor capacidade assistencial. "É ao médico de família que se recorre em primeiro lugar", sublinhou. "A reforma do SNS", reconheceu ainda, "não pode ser feita à custa de médicos indiferenciados", tendo em conta as dificuldades na capacidade formativa para especialidades médicas face ao aumento significativo de interno do Ano Comum. A excelência da formação médica sempre foi um dos melhores indicadores do nosso sistema de saúde, reconheceu também Carlos Cortes no encerramento do 19º Congresso Nacional de Medicina Geral e Familiar, cujo evento juntou mais de 700 médicos de família e internos da especialidade. Por fim, Carlos Cortes sublinhou a importância do Serviço Nacional de Saúde que recentemente completou 36 anos de existência. Ao ser anfitriã desta efeméride, a SRCOM esteve também presente na cerimónia da Rega da Oliveira do SNS, plantada no Parque Verde de Coimbra. Ao recordar este gesto simbólico, perante a vasta plateia presente na sessão de encerramento, Carlos Cortes deu uma nota de esperança a todos, sobretudo aos médicos vindouros. "A esperança também começa aqui", concluiu.

 

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Ordem dos Médicos