Os desafios da infecciologia, a otimização dos regimes terapêuticos, as polémicas com as escalas de urgência que colidem com a formação pós-graduada dos médicos internos, o encerramento do serviço de infecciosas no antigo Hospital Geral de Coimbra (vulgo, Hospital dos Covões) – eis alguns dos temas abordados na reunião com toda a equipa do Serviço de Infecciologia e o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM).
Precedendo essa reunião, Carlos Cortes, presidente da SRCOM, visitou todo o Serviço de Infecciologia – Polo HUC atualmente integrado na UGI Médica 2 (dirigida pelo Prof. Doutor Meliço Silvestre). Esta visita teve como cicerone o Prof. Doutor José Saraiva da Cunha (diretor deste serviço). Na reunião, Carlos Cortes conheceu os números desta equipa composta por 14 médicos especialistas (que inclui 2 assistentes graduados sénior, 8 assistentes graduados e 4 assistentes), 1 interno especialista, 13 médicos internos, 22 enfermeiros, 4 assistentes técnicos, 9 assistentes operacionais, 1 psicóloga. Ao fazer a caracterização do serviço, Saraiva da Cunha destacou ainda o facto deste ter a função de médico residente entre as 9.00 e as 24.00 horas, que é assegurada por um especialista do serviço. O Prof. Doutor Saraiva da Cunha elencou as particularidades e aspetos funcionais da especialidade: "elevada exigência na atualização, ausência de técnicas específicas, elevada procura para integrar as Comissões Técnicas dos Hospitais, ausência de saídas profissionais no SNS, a desatualização/inoperacionalidade das redes de referenciação hospitalar que é uma rede caduca, exagerado número de internos em formação para as necessidades atuais do Serviço Nacional de Saúde (neste serviço estão atualmente 13)".