O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, deslocou-se ao Hospital Geral de Coimbra para visitar o Serviço de Medicina Interna B do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
Após a reunião com Adriano Rodrigues (diretor do Serviço Medicina Interna B), Pedro Roldão (vogal do Conselho de Administração do CHUC) e Carlos Costa Almeida (em representação da Direção Clínica), foi efetuada uma visita às instalações onde outrora funcionou o Serviço de Urologia (desativado há três anos, na sequência do processo de fusão entre os dois maiores hospitais públicos da cidade de Coimbra). Trata-se de um espaço que, após obras de remodelação – cujo orçamento global ronda os 140 mil euros (em duas fases distintas) – albergará 28 camas de internamento. No piso inferior – onde outrora funcionou o Serviço de Neurologia – já estão instaladas 22 camas. No total, em breve, as duas enfermarias terão 50 camas. De acordo com os responsáveis do CHUC, as obras têm conclusão prevista para julho deste ano.
O Serviço de Medicina Interna, fundado no ‘Hospital dos Covões' por Santana Maia (Ex-Bastonário da Ordem dos Médicos), enfrenta atualmente vários desafios, alguns dos quais resultantes do processo de fusão dos hospitais.
Carlos Cortes participou, ainda, numa reunião que juntou, no auditório do hospital, a maioria dos profissionais médicos que integram o Serviço de Medicina Interna B dos CHUC, asseverando-lhes que "esta interação não se limitará a esta reunião", uma vez que está "sempre disponível para ouvir" e denunciar, junto do Conselho de Administração, os vários problemas que lhe foram reportados. Carlos Cortes mostrou-se muito preocupado com a falta de recursos humanos neste serviço, dificultando a atividade assistencial e a formação dos médicos. O atraso nas obras também foi motivo de grande preocupação uma vez que já se ultrapassaram os prazos previstos.
Quem trabalha nesta unidade hospitalar – situada na margem esquerda do Mondego, cuja inauguração oficial remonta a 9 de abril de 1973 (como comprova uma fotografia exibida naquele auditório) – enfrenta alguns problemas, alguns dos quais suscitados após a fusão. "Há aqui diferenças em alguns critérios [comparativamente com os HUC], a minha responsabilidade é pressionar os responsáveis para que os médicos de ambos os polos sejam tratados com justiça e da mesma forma, pois existem preocupantes situações de desigualdade. Não podem existir tratamentos diferenciados", sublinhou o presidente da SRCOM, em jeito de conclusão desta reunião.