Quarenta anos depois do 25 de Abril o que mudou no papel da mulher na sociedade em geral e no mundo da saúde, em particular? Para resposta a esta pergunta, a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos desafiou dez profissionais da saúde para uma breve reflexão sobre o papel da mulher num país democrático.
O restaurante Gustav, em Coimbra, reuniu cerca de 70 pessoas, que ouviram, atentamente, a Dra. Ana Jorge, pediatra e anterior ministra da Saúde, Dra. Odete Isabel, farmacêutica e a primeira mulher eleita autarca depois do 25 de Abril, Dra. Teresa Sousa Fernandes, obstetra na Maternidade Daniel de Matos e escritora, Dra. Isabel Gonçalves, pediatra e responsável pela Unidade de Patologia e Transplante Hepático Pediátrico, Dra. Merlinde Madureira, internista e presidente da Federação Nacional dos Médicos, Prof. Doutora Tice Macedo, pediatria e a primeira mulher doutorada em Medicina no país, a enfermeira Isabel Oliveira, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros, Dra. Inês Rosendo, presidente distrital da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Dra. Iris Guerra, presidente da delegação regional do Centro da Ordem dos Psicólogos, e Daniela Borges, ainda Presidente do Núcleo de Estudantes de Medicina da AAC.
De diferentes gerações e lutas, todas foram unânimes em considerar "privilegiadas" as mulheres ali reunidas, não só em relação às de outros tempos, mas também em relação a outras mulheres da sociedade atual.
A tertúlia começou com as intervenções do cirurgião Fernando Martinho e do Presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Dr. Carlos Cortes, que realizaram o enquadramento do ciclo "Portugal 40 anos de Democracia" e da tertúlia, respetivamente.