Jornadas, Simpósio e Congresso Luso-Brasileiro dedicados à Patologia Experimental
O Colégio da Competência em Patologia Experimental da Ordem dos Médicos organizou para os dias 28 de maio (sábado) e 04 junho (sábado) as 2ªs Jornadas da Competência de Patologia Experimental – VII Congresso Luso-Brasileiro de Patologia Experimental e XVII Simpósio de Patologia Experimental, na Sala Miguel Torga (na sede da SRCOM / Coimbra) em formato híbrido. Eventos científicos que juntaram mais de duas centenas de participantes, a maioria via online.
A sessão de abertura ficou assinalada de forma única pois foi o momento escolhido para prestar tributo ao Professor João Patrício pelo seu contributo científico à Medicina e, em particular, à Patologia Experimental em Portugal. “Um médico ilustre, um médico notável e apreciado por todos”, sublinhou o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, que, a este propósito, não deixou de notar que perante tempos assoberbados e velozes, muitas vez, há “pouco tempo para o reconhecimento do trabalho, para o reconhecimento dos nossos pares, para o reconhecimento do papel dos médicos, por exemplo, naquilo que foi o combate à pandemia”. Reportando-se a este encontro científico, o presidente vaticinou que “nesta forma de reencontro caloroso e afetuoso” se possa “continuar a contribuir para o desenvolvimento da ciência e do desenvolvimento do papel dos médicos no sistema de saúde”, parabenizando o Colégio de Patologia Experimental por “insistir na investigação científica e dignificarem o papel da Ordem dos Médicos”. Coube em seguida ao Professor Luís Silveira traçar o perfil académico e científico do Professor João Patrício, ex-diretor do Serviço de Cirurgia II (1988-1995) dos Hospitais da Universidade de Coimbra e diretor do Serviço de Cirurgia I até à sua jubilação, em 2006. Sobre o cirurgião, Luís Silveira destacou , entre muitos outros cargos e funções, o facto de ter sido ainda pioneiro na Cirurgia Plástica Reconstrutiva em Portugal. Foram ainda intervenientes nesta sessão Maria Filomena Botelho, que entregou o diploma de homenagem e reconhecimento, e Henrique Girão, que salientou a grandez do professor João Patrício como inspiração.
Eis o texto de opinião dos membros do Colégio da Competência Experimental da Patologia Experimental da Ordem dos Médicos, publicado no Diário As Beiras.
OPINIÃO
II Jornadas da Competência em Patologia Experimental e
VII Congresso Luso-Brasileiro de Patologia Experimental
A Competência em Patologia Experimental da Ordem dos Médicos organiza as suas 2ªs Jornadas, no entendimento que a Patologia Experimental é o estudo dos processos fisiopatológicos, através da utilização de modelos experimentais, a fim de melhorar a saúde humana.
A utilização de modelos experimentais é fundamental para a implementação de metodologias adequadas no âmbito da Patologia Experimental. Esta é uma ferramenta indispensável para o desenvolvimento do conhecimento médico, que a comunidade científica usa desde tempos muito recuados, embora só mais recentemente de forma organizada. Foi precisamente este o mote dado no ano passado quando, em plena pandemia, organizámos as 1as jornadas.
Da mesma maneira, estes elementos dão continuidade a uma série de encontros que se vinham realizando. Reunindo múltiplas especialidades com um ponto em comum, que é a utilização de modelos experimentais, e em conjunto com outros saberes, as reuniões de Patologia Experimental chegaram a um ponto de organização e de desenvolvimento, que passaram para uma fase de trabalho em rede, privilegiando, de forma natural, o mundo de expressão lusíada onde nos integramos. Por isso, as parcerias luso-brasileiras para a investigação, o ensino e a divulgação científica, nesta área tão necessária para o desenvolvimento do conhecimento médico. É neste contexto que surge também o VII Congresso Luso-Brasileiro de Patologia Experimental.
Assim, mais uma vez, o objetivo dos Simpósios prende-se com o desenvolvimento da Investigação Aplicada nas Ciências da Vida e da Saúde, com a aquisição de novos conhecimentos e técnicas que muito poderão enriquecer o meio científico, em geral, e estas ciências da vida em particular.
A reativação da relação com os nossos parceiros brasileiros permitirá criar e desenvolver sinergias nesta Competência tão abrangente e que será cada vez mais importante, pois dará bases científicas às áreas nas quais podemos desenvolver modelos experimentais. Permitirá, também, criar o gosto pela investigação mais fundamental por parte dos médicos que desenvolvem atividade clínica.
Os autores
Competência em Patologia Experimental da Ordem dos Médicos
Filomena Botelho (Presidente)
Daniel Cartucho, Gabriela Valadas, Pratas Balhau, Luís Silveira (Vogais)
