Ciclo da APMGF “Para além da Medicina: ao encontro das humanidades”, 25 de setembro

Integrada no ciclo de sessões de debate intitulado «Para além da Medicina: ao encontro das humanidades», criado pela Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar com o intuito de promover encontros/fóruns interdisciplinares entre profissionais da área da medicina e saúde com personalidades das ciências sociais e humanas, vai decorrer no dia 25 de setembro, pelas 17h00, no Anfiteatro II da Unidade Central da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), a sessão «Somos do passado e não sabemos». A entrada é livre.

Será moderada por José Mendes Nunes (médico de família, docente e investigador da NOVA Medical School) e contará com as participações de Carlos Fiolhais (insigne Professor Catedrático de Física da Universidade de Coimbra – UC – ensaísta e fundador do Rómulo-Centro Ciência Viva da UC) e Joel Cleto (arqueólogo, historiador, divulgador televisivo da história e do património).

Desde o seu início que a humanidade procura desvendar os mistérios do universo e da sua existência. Essa busca deu origem a duas grandes áreas do conhecimento: as ciências e as humanidades. Ao longo da história, as ciências e as humanidades entrelaçaram-se e influenciaram-se mutuamente. Os avanços científicos impulsionaram o desenvolvimento de novas ideias filosóficas e sociais, enquanto as reflexões humanísticas forneceram contexto e visão crítica para a interpretação dos resultados científicos. A partir de meados do século XIX a ciência e a tecnologia experimentaram um crescimento exponencial. As humanidades diversificaram-se e aprofundaram-se.

Hoje, as ciências e as humanidades estão talvez mais interligadas do que alguma vez estiveram. A investigação científica é multidisciplinar, e as questões éticas e sociais levantadas pelos avanços tecnológicos exigem reflexão permanente.

Olhemos para o futuro: a relação entre as ciências e as humanidades continuará a ser necessária para o desenvolvimento da humanidade. A compreensão do mundo natural e da nossa própria existência, aliada à reflexão crítica e à criatividade, serão essenciais para enfrentarmos os desafios do presente e construirmos um futuro melhor.

Do Livro de Job: “Pois eu te peço, pergunta agora às gerações passadas; prepara-te para a inquirição de seus pais. Porque nós somos de ontem, e nada sabemos; porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra.” (Livro de Job, fala de Bildade.) A paráfrase “Somos do passado e não sabemos” convida-nos, pois, a reconhecer que nossa jornada de conhecimento é contínua e que as ciências e as humanidades são ferramentas indispensáveis para a construção de um futuro mais próspero e justo para todos. Quanto do que somos hoje é o resultado de tudo o que foi obra dos nossos antecessores? “Somos do passado e não sabemos” ajudar-nos-á a refletir sobre esta temática.

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