Decorreu hoje, dia 02 de janeiro, a cerimónia de receção aos novos médicos internos da Unidade Local de Saúde de Coimbra, cuja sessão de boas-vindas contou com as intervenções de Francisco Miguel Rodrigues (Conselho Nacional Médico Interno), Luís Trindade (Direção do Internato Médico ULS Coimbra), e Manuel Maia (Comissão de Internos da ULS Coimbra). No total, esta instituição acolheu 209 jovens médicos: 132 de Formação Especializada e 77 de Formação Geral.
Na sessão de abertura, foram oradores o presidente do Conselho de Administração da ULS Coimbra, Alexandre Lourenço; o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), Manuel Teixeira Veríssimo; o Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e Presidente do Conselho das Escolas Médicas Portuguesas, Carlos Robalo Cordeiro; a Diretora Clínica para os Cuidados de Saúde Primários da ULS Coimbra, Almerinda Rodrigues; e a Diretora Clínica para os Cuidados de Saúde Hospitalares da ULS Coimbra, Cláudia Nazareth.
Esta cerimónia de receção aos médicos internos foi conduzida e apresentada por Henrique Cabral, membro do Conselho Regional do Centro da Ordem dos Médicos e também membro da Direção do Internato Médico da ULS Coimbra.
Na sua intervenção, o presidente da SRCOM destacou a necessidade de se perceber quais os problemas e os entraves existentes no Serviço Nacional de Saúde que estão a obstaculizar a escolha e a permanência dos jovens médicos no sistema público de saúde. Manuel Teixeira Veríssimo deixou várias mensagens, desde logo, a de que “Ser médico é muito mais do que ser um profissional a produzir atos médicos”, pois, a seu ver, “Ser médico é ter um comprometimento com o nosso próximo”. Falando sobre inovação e desenvolvimento técnico e tecnológico, Manuel Teixeira Veríssimo chamou a atenção para o necessário equilíbrio entre inovação e a relação humana: “Temos de aproveitar todas as ondas que a inovação nos traz. Contudo, há algo que não devemos descurar: o humanismo na Medicina. O médico só será médico de souber lidar com o seu doente, deve saber adaptar o conhecimento à realidade e à pessoa que estamos a cuidar”. Por fim, as duas últimas mensagens: a necessidade de inquietude e o relevante papel da Ordem dos Médicos. “São os ideais que nos fazem avançar. É fundamental que, nos vossos serviços, tenham ambições. Nunca se acomodem, o mundo só evolui com a mudança e a inovação.”, sublinhou, no que à inquietude diz respeito. “A Ordem dos Médicos (OM) estará sempre convosco. A OM dá grande importância à formação médica, porque só com boa formação poderemos ter bons médicos. Em primeiro lugar, a OM tem a missão de defender a qualidade dos atos médicos, mas, obviamente, para que isso aconteça, os médicos têm de ter condições para praticar Medicina com qualidade. Por isso, estamos sempre comprometidos na defesa dos internos, na defesa da formação e na defesa da investigação e da inovação. Sejam bem-vindos! Desejo-vos as maiores felicidades!”, finalizou o presidente da SRCOM.
A sessão, que decorreu no Grande auditório dos Hospitais da Universidade de Coimbra, contou ainda com uma mesa redonda subordinada ao tema “Investigação e Humanização na Prática Clínica, com a participação dos médicos Henrique Cabral, Ana Bernardino e Anas Dias.
Idêntica cerimónia decorreu nas restantes ULS da região Centro, pelo que a SRCOM endereça as maiores felicidades profissionais e pessoais a todos os jovens que agora iniciam o seu percurso na Formação Geral e na Formação Especializada.
Partilhamos aqui imagens captadas em Coimbra.
