Ordem dos Médicos exige reunião, com caráter de urgência, com a ARS Centro

(Coimbra, 24 de janeiro) – A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) condena a lamentável agressão à colega que ontem foi vítima de um episódio de violência numa consulta no Serviço de Urgência do Hospital de Águeda e lamenta a ausência de respostas concretas por parte do Ministério da Saúde perante o aumento da violência contra os profissionais de Saúde.

"Estas situações estão a tomar proporções descontroladas. Urge uma resposta rápida, eficaz e eficiente perante o agravamento deste problema que afeta, cada vez em maior número e gravidade, os profissionais de saúde", declara o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos.

Assume Carlos Cortes: "Até agora, a mensagem do Ministério da Saúde não é dissuasora. Pior: é complacente e permissiva. É preciso agir, rapidamente, antes que surja alguma situação de especial complexidade e com consequências trágicas".

Perante mais este caso que ocorreu por volta das 23h00 de quinta-feira no Hospital de Águeda (unidade que pertence ao Centro Hospitalar do Baixo Vouga), o Presidente da Secção Regional do Centro, através do seu Gabinete de Apoio ao Médico, está a acompanhar a situação e a delinear a intervenção necessária junto da colega alvo de agressões.

Recorde-se que, face ao recrudescimento do fenómeno, a SRCOM tem levado a cabo várias iniciativas de apoio, de estudo dos problemas e de resposta junto dos colegas no âmbito do projeto "Saúde e Bem-Estar dos Profissionais de Saúde no Local de Trabalho", em parceria com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra através do seu Centro de Prevenção e Tratamento do Trauma Psicogénico.

"O Ministério da Saúde tem de dialogar com as organizações profissionais perante o agravamento dos casos de violência. Até agora, temos assistido à intenção de criar medidas fantasiosas. Não é possível continuar a assistir a esta inação da tutela, perante as queixas de injúrias, ameaças, discriminação e violência física. Já solicitámos uma reunião, com carácter de urgência, junto dos responsáveis da Administração Regional de Saúde do Centro. A Ordem dos Médicos quer respostas para este problema. São necessárias medidas que visem proteger os profissionais de saúde para as situações de violência", declara.

"O Ministério da Saúde está a mostrar desorientação total e incapacidade para proteger e dar segurança aos seus profissionais", critica Carlos Cortes.

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