Ordem dos Médicos do Centro exorta serviços de saúde a ter cuidados redobrados perante os idosos vítimas de violência

Numa altura em que são cada vez mais preocupantes os casos de violência contra idosos e no dia em que assinala o Dia Mundial da Consciencialização da Violência Contra a Pessoa Idosa (data criada pelas Nações Unidas em 2006), o presidente do Conselho Regional do Centro da Ordem dos Médicos reitera a necessidade de maior empenhamento de toda a sociedade, e dos serviços de saúde em particular, para ajudar estas vítimas que, na sua grande maioria, sofrem em silêncio.

Segundo o relatório anual da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), referente a 2020, quatro idosos foram vítimas de violência por dia. Um aumento de mais de 20 por cento em 2020 face a 2019, de acordo com as últimas estatísticas da APAV.

É uma realidade que nos deve preocupar, enquanto sociedade. Temos de pugnar pelo bem-estar das pessoas mais velhas que merecem os nossos cuidados, o nosso respeito e o nosso sentido de humanismo.  Esta data existe, enquanto desafio, para nos lembrar que deveremos lutar contra a discriminação e contra estes abusos a uma população de faixa etária especialmente vulnerável”, sustenta Carlos Cortes.

A seu ver “esta é uma realidade muito triste, até porque estão em causa Direitos Humanos. Reverter esta dolorosa realidade, é um imperativo ético, de humanismo e de cidadania.”.

Acrescenta, em jeito de conclusão: “Nós, médicos, temos aqui um papel muito importante: de sensibilização, de promoção do bem-estar dos mais idosos, do dever de cuidar com redobrado empenhamento”.

# Dia Mundial da Consciencialização da Violência contra a Pessoa Idosa

O Dia Mundial da Consciencialização da Violência contra a Pessoa Idosa tem lugar hoje, 15 de junho. Tal como referido anteriormente, a data foi criada em 2006 pelas Nações Unidas e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa, tendo como objetivos refletir numa questão social sensível e acabar com a violência contra a pessoa idosa. Numa sociedade cada vez mais envelhecida (estima-se a existência de 2,1 mil milhões de pessoas com mais de 60 anos em 2050), os idosos são esquecidos e sujeitos a maus-tratos físicos e psicológicos, quer pelas suas famílias, quer pelos serviços de acolhimento ou pela sociedade em geral. Reverter esta dolorosa realidade, é um imperativo ético, de humanismo e de cidadania.

Coimbra, 15 junho 2021

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