Ordem dos Médicos do Centro denuncia: ULS da Guarda perde cada vez mais médicos

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) lamenta a irresponsabilidade reiterada do Ministério da Saúde no mais recente concurso para assistente hospitalar uma vez que não atribuiu qualquer vaga para a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda nas especialidades de Anestesiologia, Anatomia Patológica, Gastrenterologia, Medicina Interna, Neurologia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Patologia Clínica, Pneumologia, Psiquiatria e Radiologia.

"É incompreensível o atual mapa de vagas para o Hospital Sousa Martins, gerido pela ULS da Guarda, pois estamos perante áreas hospitalares já bastante penalizadas nesta região do interior. Esta região e esta unidade de saúde enfrentam dificuldades com especial complexidade pelo que é urgente autorizar a contratação de médicos para estas áreas carenciadas", denuncia o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos.

Carlos Cortes sublinha o alerta: "A grave carência de recursos humanos no Hospital de Sousa Martins (Guarda) pode, a curto prazo, colocar em causa a qualidade dos serviços de saúde prestados bem como a resposta nalgumas valências fundamentais".
No mais recente procedimento concursal para médicos recém-especialistas, das 57 vagas para a região Centro apenas 6 são atribuídas à ULS da Guarda. A saber: Cardiologia (1), Cirurgia Geral (1), Ginecologia/Obstetrícia (1), Ortopedia (1), Pediatria (1), Saúde Pública (1).

Carlos Cortes critica, de forma veemente: "Este Ministério da Saúde está a contribuir para a agonia do Serviço Nacional de Saúde no interior do País e a condicionar a assistência aos utentes. Com as carências na ULS da Guarda, designadamente de recursos humanos e meios financeiros, são necessárias medidas urgentes por parte do Ministério da Saúde para travar o colapso desta unidade. ".
Questiona o presidente da SRCOM: "Afinal, o que quer a Ministra da Saúde para o Hospital da Guarda? Quer continuar a manter em funcionamento esta indispensável instituição ou contribuir para o seu encerramento?".

Coimbra, 28 de dezembro de 2018

 

 

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