Ordem dos Médicos do Centro denuncia falta de imagiologia no Serviço de Urgência do Hospital dos Covões

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) lamenta que, mais uma vez, durante o período estival se aproveite para diminuir a capacidade de resposta de cuidados do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) através do polo do Hospital Geral (Covões), neste caso perante a falta de capacidade de resposta de imagiologia no Serviço de Urgência que não tem qualquer médico especialista em Imagiologia durante o período da manhã, entre as 9.00 e as 13h00. 

“Com a Urgência aberta a partir das 9 horas – situação já de si incompreensível e que a Ordem dos Médicos tem vindo a criticar com veemência – poderá ser necessário efetuar, por exemplo, uma ecografia abdominal ou renal, que pode ajudar a salvar vidas. Porém, com a falta de imagiologista qualquer pedido urgente poderá ser protelado até às 13.00 ou mais horas, ou então, deslocar-se-á o doente ao polo A nesse período acompanhado por médico e em situação emergente. É insustentável!”, assume o presidente da SRCOM. 

Ou seja, com a atual escala do médico especialista em Imagiologia (13h00 – 20h00) no polo dos Covões, significa que um utente poderá ficar sem ecografia desde o fim do dia até às 13 horas do dia seguinte. Aos sábados, domingos e feriados a escala de imagiologia vigora apenas em regime de prevenção.

Carlos Cortes considera que estas graves dificuldades mostram o risco de ter uma urgência sem meios de socorro que são de extrema importância numa resposta de emergência.

“A falta de meios tem um impacto devastador”, acrescentando que “é deplorável que não seja apresentado um plano concreto e público para o CHUC e seus vários polos e que se aproveite cada momento para reduzir ainda mais a resposta em cuidados de saúde de Coimbra e da região. O Centro não precisa de menos Saúde, precisa, sim, de uma melhor resposta e de mais planificação”.

“É urgente uma intervenção do Ministério da Saúde e da Administração Regional de Saúde do Centro, uma vez que estas lacunas têm um forte impacto na prestação dos cuidados de saúde em toda a região. Este caso é ilustrativo das situações de limitação de recursos humanos e técnicos na urgência dos Covões bem como da gritante falta de visão estratégica”, conclui.  

Coimbra, 4 de agosto 2021 

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