(Coimbra, 2 março 2021) – A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), perante as circunstâncias atuais da pandemia na região e da existência das novas variantes do coronavírus no nosso País bem como da identificação noutros países de novas variantes com relevo clínico e epidemiológico, defende que se proceda imediatamente a uma nova abordagem à testagem do vírus SARS-CoV-2.
“Dada a necessidade e a importância de identificar sistematicamente as variantes de interesse clínico e epidemiológico do SARS-CoV-2 (variantes do Reino Unido, Africa do Sul, Brasil e Califórnia) nos doentes infetados, não deveremos hesitar e não podemos perder tempo. Temos de operacionalizar a identificação das variantes em Portugal em todos os doentes que teste positivo para SARS-CoV-2 de modo a adquirirmos mais conhecimento sobre o vírus e podermos assim tomar medidas epidemiológicas e clínicas mais ajustadas”, explica o presidente da SRCOM.
Carlos Cortes – como médico especialista em Patologia Clínica e, por isso, na linha frente no diagnóstico à COVID-19 – defende a imediata inclusão da obrigatoriedade de identificação das variantes de interesse no Plano Nacional de Testes à COVID-19 da Norma 19/2020 atualizada a 11/02/2021.
“Necessitamos de identificar quadros clínicos graves, necessitamos de acautelar as circunstâncias da reinfeção, necessitamos de mapear o País e perceber quais os circuitos das variantes, precisamos de saber mais dados sobre a doença que nos atormenta há um ano e, para isso, temos de testar cada vez mais pessoas”, justifica.
Por fim, o presidente da SRCOM relembra a importância de continuar a cumprir as regras de segurança que ajudam a vencer a COVID-19 mesmo com a vacinação: higienizar as mãos; manter a distância social mínima de dois metros; usar de máscara; evitar tocar com as mãos na boca, nariz ou olhos; tapar a boca e o nariz com o antebraço ao espirrar ou tossir.