Ordem dos Médicos do Centro condena o monopólio das empresas de contratação no Serviço Nacional de Saúde

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos defende que sejam os hopitais e os centros de saúde a contratar os profissionais de saúde para pôr fim aos contratos de médicos à hora. "Têm surgido muitas empresas privadas de contratação de médicos sem a mínima vocação para a área da saúde e que têm como único objetivo o lucro cego", denuncia o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes.

Perante a gravidade dos casos reportados recentemente, Carlos Cortes assume que "é urgente tomar uma decisão sobre esta situação". Acrescenta: "O monopólio da contratação dos médicos, nomeadamente para serviços de urgência, tem de ser obrigatoriamente dos hospitais e não de empresas cujo fim é lucrativo e não da qualidade da prestação dos cuidados de saúde".

Em seu entender, "o Ministério da Saúde não pode pactuar com este negócio que coloca em causa a qualidade dos serviços. O Serviço Nacional de Saúde não pode ficar dependente destas empresas intermediárias". Em janeiro, perante incumprimento e falhas graves nas escalas, o presidente da Secção Regional do Centro solicitara ao Ministério da Saúde a realização de uma auditoria às empresas de subcontratação de médicos.

"Ao Ministério da Saúde exige-se o fim da hegemonia das empresas de subcontratação para os recursos humanos no sistema de saúde público. É urgente acabar com este negócio. A bem de uma saúde de qualidade e em nome dos doentes, os hospitais e centros de saúde deveriam contratar diretamente os seus profissionais, através de concursos públicos transparentes", conclui.

Coimbra, 31 de março de 2016

 

 

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