Médicos do Centro exigem transparência nos critérios de distribuição das vagas para assistente graduado sénior

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos reclama a publicação dos critérios utilizados pelo Ministério da Saúde na distribuição das vagas para o concurso de assistente graduado sénior (a categoria de topo na carreira médica do Serviço Nacional de Saúde), repudiando desde já a escassez de vagas para a região. De acordo com do Despacho nº 9253/2019 de 14/10/2019, das 200 vagas a concurso apenas 15 vagas estão disponíveis para seis unidades hospitalares da Região Centro.
Acresce o facto dos serviços da região Centro tinham identificado 110 vagas

"O processo tem de ser transparente e, nesse sentido, exigimos que o Ministério da Saúde publicite os critérios subjacentes a estas vagas que estão desajustadas face à realidade, uma vez que tinham sido identificadas 110 vagas para esta categoria.", alerta o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes.

Afirma Carlos Cortes: "Repudiamos esta atitude do Ministério da Saúde que, com esta medida está a penalizar a Região Centro e a criar sérios obstáculos ao alargamento da capacidade formativa. Ao abrir apenas 15 vagas, o Ministério da Saúde está a contribuir para uma evidente falta de investimento no Serviço Nacional de Saúde da Região Centro".

Em resultado do Despacho nº 9253/2019 de 14/10/2019, os serviços e estabelecimentos de saúde contemplados neste concurso para assistente graduado sénior estão distribuídos da seguinte forma, na Região Centro:
• Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, com uma vaga para cada uma das seguintes especialidades: Cardiologia Pediátrica; Endocrinologia/Nutrição; Gastrenterologia; Hematologia Clínica; Imuno-Hemoterapia; Ortopedia; Otorrinolaringologia; Pediatria; Urologia (9 vagas, 1 para cada serviço);
• Centro Hospitalar Baixo Vouga: Anestesiologia e Medicina Interna (2 vagas – 1 para cada serviço);
• IPO Coimbra: Urologia (1 vaga);
• Centro Hospitalar de Leiria: Psiquiatria (1);
• Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira: Ginecologia/Obstetrícia (1);
• Centro Hospitalar Tondela – Viseu: Hematologia Clínica (1).

"Autorizar este número é, por um lado, contribuir para o desequilíbrio das equipas médicas e, por outro, ajudar ao esvaziamento do Serviço Nacional de Saúde. É inaceitável este abandono da Região Centro por parte do Ministério da Saúde. Exigimos rigor e transparência", finaliza Carlos Cortes.

Coimbra, 15 outubro 2019

 

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