“É insustentável a demora na colocação de médicos de família, perante uma crise sanitária”

Ordem dos Médicos do Centro repete denúncia de atraso na colocação de recém-especialistasA Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos considera inaceitável o atraso na colocação de médicos de família, recém-especialistas da Região Centro. “Estamos extremamente preocupados: esta semana assistimos ao regresso da atividade escolar, estamos a aproximar da época outono/inverno onde se pode assistir o aumento ao aumento gradual das infeções respiratórias, e, neste contexto tão sensível, os recém-especialistas em Medicina Geral e Familiar continuam a aguardar a colocação”, denuncia o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos.

Carlos Cortes manifesta apreensão, tal como já o fizera a 28 de julho, para esta incúria e desorganização na gestão de recursos humanos da área da Saúde. “Estamos a aguardar a colocação dos médicos de família, sem se perceber ainda o motivo deste atraso. Já passou mais de um mês depois da publicação do aviso de abertura do concurso e não temos respostas efetivas. “São 396 médicos de família, 65 na região Centro, que estão a aguardar colocação”.

“Os médicos de família estão a aguardar colocação para poder desempenhar adequadamente as suas funções e dar resposta à extensa lista de utentes sem médico de família. Por outro lado, face à emergência sanitária que estamos a atravessar e às necessidades dos utentes – especialmente os mais vulneráveis – é urgente contratar os médicos recém-especialistas”.

Exorta Carlos Cortes: “O Ministério da Saúde deve proceder, com carácter de urgência, à colocação dos médicos de família na região Centro, assim como no resto do País, uma vez que, mais do que nunca, é crucial o contributo dos cuidados de saúde primários na resposta à crise sanitária”.

Coimbra, 16 de setembro 2020

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