Os médicos na construção do SNS: Quatro gerações contam os desafios

Os médicos na construção do SNS: Quatro gerações contam os desafios

"É uma enorme responsabilidade: a história do Serviço Nacional de Saúde funde-se com a história da Medicina contemporânea, com a profissão médica". Palavras que o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos enfatizou aquando do encerramento da conferência "Ser Médico: testemunho das quatro gerações do SNS", com a participação de Ana Rita Ramalho, médica interna e ex-presidente da Associação Nacional de Estudantes de Medicina; Belmiro Parada, médico especialista em Urologia; Roberto Dória, Médico Especialista em Medicina Geral e Familiar, no Centro de Saúde S. Vicente (SESARAM / Madeira); Maria do Céu Machado, Médica especialista em Pediatria, Professora Catedrática da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Para o debate que decorreu no auditório Miller Guerra, em Lisboa, todos carrearam para o profícuo debate, as suas experiências, expectativas e contributos do dia-a-dia.
No final desta conferência, o presidente da mesa, Carlos Cortes ressalvou, porém, que o SNS não foi apenas construído pelos médicos "mas, sem eles, não teria possível criar este serviço público". Fazendo a síntese de todas as intervenções e citando sempre os seus autores, Carlos Cortes lembra que os médicos têm a responsabilidade de continuarem a alimentar o sonho fundador de modo a que se tenha "uma enorme esperança no SNS".

Um os temas com maior implicações no futuro foi, precisamente, abordado pelo Bastonário da Ordem dos Médicos, no seu discurso de abertura: Será o "maior de sempre" o número de vagas para internato médico do próximo ano. Mais precisamente, 1800 vagas para especialização adiantou mais tarde, quando instado pelos jornalistas. Mais 100 do que no ano passado. Na abertura da Conferência "SNS aos 40", Miguel Guimarães, não deixou de alertar porém esta realidade não significa que todos os recém-especialistas ficarão no SNS. O bastonário salientou, pois, que "o grande desafio do Serviço Nacional de Saúde" é o de se manter "atrativo para as novas gerações".

Gerações (as quatro que até agora germinaram e edificaram o SNS) que, afinal, contribuíram, rematou Carlos Cortes, para os cuidados de saúde de excelência que são prestados em Portugal. O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos fez notar que os médicos deram um grande contributo para a construção da Democracia do nosso País. A finalizar deixou um cumprimento especial aos bastonários da Ordem dos Médicos. "Todos fazemos parte do mesmo barco. Podemos estar em sítios diferentes mas estamos todos no mesmo barco".

Esta conferência, realizada a 20 de setembro, abordou temas tão interessantes e diversificados como Serviço Médico à Periferia, Internato e Carreiras Médicas, o papel dos médicos na gestão do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o futuro do SNS.   

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Ordem dos Médicos