A saúde sexual na gravidez e no pós-parto, no doente oncológico e no adolescente foram os temas abordados nas I Jornadas InforCelas, organizadas por um grupo de médicos internos do Centro de Saúde de Celas, com o apoio da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos. De acordo com a organização, urge “trazer temas clínicos pertinentes e pouco abordados em outros encontros, com o intuito da formação contínua e de qualidade para os internos de Medicina Geral e Familiar”. E assim, durante todo o dia 16 de setembro, a sexualidade foi o tema central desta primeira edição, cujo evento decorreu em formato híbrido – online e no Auditório da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (Sala Miguel Torga).
O presidente do Conselho Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, esteve presente na sessão de encerramento destas jornadas, destacando, antes de mais, o papel fundamental do Serviço Nacional de Saúde que tem enfrentado nos últimos anos uma crise sanitária e várias crises económico-financeiras, inclusive no tempo em que foi criado o SNS se recuarmos umas décadas. “De facto, o SNS – que ontem completou 43 anos – é um pilar de coesão nacional, de estabilidade social, uma vez que os doentes sabem que mesmo num tempo de dificuldades serão prestados cuidados de saúde”.
Falando para os jovens médicos internos de Medicina Geral e Familiar, o presidente do Conselho Regional do Centro recordou o papel insubstituível desta especialidade médica durante a pandemia. “Perante a inanição do Ministério da Saúde de tomar decisões, os médicos de família estiveram na linha da frente. Foi quem mais doentes viu durante a pandemia. Tive oportunidade de ver o que estava a acontecer nos centros de saúde na região, ninguém ficou à espera de ordens superiores e nunca se inibiram de dar resposta aos doentes”, acentuou. E lembrou, ainda, os comentários injustos de que a Medicina Geral e Familiar tinha parado durante a pandemia. Pelo contrário, disse. “A Medicina Geral e Familiar permitiu que os hospitais dessem a resposta que deram. Por isso, deixo aqui m agradecimento sentido por parte da Ordem dos Médicos”.
E porque estava a decorrer, em simultâneo, o simpósio “As crises sociais e o impacto do SNS”, evento organizado pela SRCOM, Carlos Cortes não quis deixar de recordar nesta intervenção, o “contributo que os médicos deram na construção e manutenção do SNS e dos cuidados de saúde em geral”.
Fazendo o balanço de três mandatos, prestes a ficar concluídos, Carlos Cortes rematou: “Saio com imenso orgulho de ser médico. Com imenso orgulho de vos representar. Resumindo, foram os médicos que criaram o SNS e são os médicos que arregaçam as mangas quando há uma crise para enfrentar”.
Fotos © SRCOM/Paula Carmo