Hoje, quando se assinala o Dia Mundial do Doente e o Dia Europeu do 112, a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) visitou a delegação Centro do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), nomeadamente o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), e elogiou a importância da emergência médica pré-hospitalar assim como da linha 112, cruciais no apoio ao doente que necessita de tratamento urgente e da intervenção rápida do INEM. “Neste contexto especialmente exigente e de enorme complexidade causado pela pandemia COVID-19, a resposta dada pelo dispositivo de emergência médica às mais de 1.5 milhões de chamadas para o CODU é de enorme relevância e fundamental na resposta aos cuidados de saúde do País”, frisa o presidente da SRCOM, Carlos Cortes.
Os números na região Centro são expressivos e revelam o impacto da pandemia COVID-19 sobre a saúde em todas as áreas, designadamente no domínio da saúde mental. Segundo dados do INEM, o Serviço de Helicóptero de Emergência Médica, pela aeronave de Viseu, foi acionado 191 vezes em 2021, o que corresponde a um aumento de 12% de atividade comparativamente a 2020 (a nível nacional, este aumento foi de 32%, correspondendo a um número total de 1106 acionamentos em 2021).
No mesmo período comparativo, a Unidade Móvel de Intervenção Psicológica de Emergência da Região Centro teve um aumento de 167% (em 2021 foi acionada 230 vezes, em 2020 foram reportados 86 acionamentos de meios), enquanto que, a nível nacional, o aumento foi de 76%, num total de 1468 casos em 2021 e 833 em 2020.
“Apesar da escassez de recursos humanos e das muitas dificuldades sentidas durante este período pandémico”, assinala o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, “a resposta em emergência médica na região Centro foi sempre dada adequadamente e tem tido um papel fundamental para ajudar a salvar vidas”.
Carlos Cortes enaltece todo o trabalho dos profissionais de saúde do INEM e dos seus responsáveis para a resposta em tempo real, aos pedidos de auxílio (doença súbita, partos, acidentes, incêndios, etc.) e frisa a necessidade imperiosa de colaboração de toda a população para o uso correto do número europeu 112. “É fundamental que todos façamos o uso adequado do número 112, de forma a ter os meios disponíveis para responder, em tempo útil, aos cuidados de saúde de emergência”, lembra. “O número ajuda a salvar vidas. Se usarmos o 112 apenas e só em emergência estamos a contribuir e a colaborar para o auxílio na emergência de quem mais precisa”.
“É todo o dispositivo do Instituto Nacional de Emergência Médica que elogiamos, e na região Centro em particular, que continua a efetuar a triagem, a acionar os meios de socorro e a chegar às ocorrências que necessitam de intervenção urgente”.A concluir, Carlos Cortes defendeu: “A resposta dada na área da emergência pré-hospitalar merece um investimento em recursos humanos e financeiros que possa permitir a manutenção e maior capacitação desta instituição”.