Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego: 30 000 utentes em risco de ficarem sem médico de família, alerta Ordem dos Médicos

Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego: 30 000 utentes em risco de ficarem sem médico de família, alerta Ordem dos Médicos

A Ordem dos Médicos alertou, na manhã do dia 2 abril, para a falta de médicos no Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego, que poderá ameaçar mais de 30 000 utentes de ficarem sem médico de família.

"O Ministério da Saúde está a prejudicar mais de 30 000 utentes do Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) do Baixo Mondego, perante a ausência de vagas a concurso", afirma a Secção Regional do Centro (SRC) da OM em nota enviada à comunicação social.

"São necessários mais de vinte médicos, até final do ano, no ACeS do Baixo Mondego", sublinha a Ordem, considerando que o Ministério da Saúde "está a prejudicar os cuidados de saúde primários desta região e está a esquecer não só os utentes como também os jovens especialistas em medicina geral e familiar", lê-se na notícia difundida pela Agência Lusa. "A falta de médicos agravar-se-á com a possível reforma de cerca de duas dezenas de clínicos neste agrupamento de centros de saúde", conforme salienta Carlos Cortes, presidente da SRC da Ordem dos Médicos.

Citando a notícia da Agência Lusa, replicada nos diversos orgãos de comunicação social local, regional e nacional, pode ler-se: O ACeS do Baixo Mondego abrange os concelhos de Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Mira, Montemor-o-Velho, Penacova e Soure, no distrito de Coimbra, da Mealhada (Aveiro) e de Mortágua (Viseu), com um total de 15 centros de saúde, seis dos quais no concelho de Coimbra. "A Ordem não pode aceitar a profunda incapacidade do Ministério da Saúde liderado por um ministro que despreza diariamente esta região", diz Carlos Cortes, sustentando que os números falam por si: "Nos dois últimos anos só foram abertas duas vagas para o ACeS Baixo Mondego no concurso nacional, apesar de este agrupamento formar anualmente entre 20 a 25 médicos de família".

"Como é possível, face a esta realidade, não ter sido aberta qualquer vaga em 2018?", questiona o dirigente da Ordem dos Médicos. "É grave o atropelo às necessidades dos utentes e o desprezo aos médicos recém-especialistas em medicina geral e familiar", defende Carlos Cortes, concluindo que, "infelizmente já pouco espera do actual ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes".

 

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