Incêndios florestais: Ordem dos Médicos visitou unidades de Saúde situadas na zona da catástrofe

Incêndios florestais: Ordem dos Médicos visitou unidades de Saúde situadas na zona da catástrofe

 

Incansáveis na ajuda, inexcedíveis na solidariedade e sem nunca vacilar face às dificuldades na incomensurável tragédia dos incêndios florestais que lavram desde o dia 17 de junho na região Centro. Assim é o retrato sucinto da resposta dada pelos médicos ao apelo efetuado pela sua Ordem e cujos dirigentes se deslocaram a Avelar, Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra, exatamente locais fustigados pela fúria das chamas. Poucas horas após alertas mais lancinantes, já o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos tinha lançado um apelo, via Facebook, no sentido da mobilização dos colegas. A dimensão da resposta honrou os pergaminhos desta nobre profissão. O presidente da SRCOM, Carlos Cortes, desdobrou-se em contactos para avaliar as necessidades das unidades de saúde da região dizimada pelas chamas descontroladas.

O Centro de Saúde de Pedrógão Grande, por exemplo, foi transformado em centro hospitalar para tratar feridos (apresentavam, maioritariamente, sinais de inalação de fumo e várias queimaduras). Mostrar apoio aos profissionais de saúde e populações, bem como contactar com as autoridades que estão no terreno foram objetivos desta visita.

 

Recue-se até ao dia 17 de junho: foi neste dia, um primaveril sábado com registo de altas temperaturas, que um fogo florestal de trágicas dimensões provocou centenas de feridos, mais de 60 mortos. As chamas, implacáveis, transformaram muitas casas em escombros, viaturas em destroços calcinados. Quem sobreviveu fala em horror.
Face a esta catástrofe humanitária, a Ordem dos Médicos lançou o apelo aos colegas no sentido de ajudar a população das zonas afetadas. A resposta foi célere e expressiva. Curar as feridas, salvar vidas, confortar os sobreviventes. 

São muitas as estórias de valentia, de abnegação neste cenário de cinzas e dor. 

No posto de Comando Avançado da Proteção Civil, instalado no Avelar (Ansião/Leiria), o Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), Carlos Cortes, e o presidente da Sub-Regional de Leiria da Ordem dos Médicos, Rui Passadouro, estiveram em direto nas emissões das televisões portugueses, dando conta da intervenção da Ordem dos Médicos no terreno. Miguel Guimarães, para além de sublinhar a rapidez da resposta dos colegas, destacou a prontidão de disponibilidade por parte também dos colegas da Medicina Militar.
A visita às unidades de saúde contemplou também a presença do diretor executivo Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) do Pinhal Interior Norte, Avelino Pedroso, o Vogal do Conselho Clínico do ACeS, Pedro Almeida e Sousa. O périplo terminaria na Unidade de Cirurgia Plástica Reconstrutiva e de Queimados do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, onde neste dia (19 de junho) estavam 10 feridos internados em cirurgia plástica e sete na unidade de queimados. Os dirigentes da Ordem dos Médicos foram recebidos pelo presidente da Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Fernando Regateiro.
O presidente da SRCOM lembrou, aliás, em declarações ao Diário As Beiras, que "em Pedrógão Grande, existe uma grave lacuna de médicos no centro de Saúde". Chão beirão ressequido e terra despovoada.
Recorde-se que, face a esta calamidade, foram decretados três dias de Luto Nacional (18, 19 e 20 de junho). Nestas circunstâncias profundamente difíceis, os dirigentes da Ordem dos Médicos expressaram as mais sentidas condolências e solidarizaram-se com as famílias e amigos das vítimas dos incêndios florestais.

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