O Conselho Distrital de Leiria, liderado por Ana Barros, levou a cabo a homenagem aos médicos com 50 e 25 anos de inscrição na Ordem dos Médicos e receção dos jovens médicos, numa cerimónia que decorreu na cidade de Leiria. "Em meu nome pessoal e do Distrito Médico desejo a felicidade a todos, estamos a homenagear quem tem tido carreiras muito bonitas, quer os de 25 anos e 50 anos e esperamos que cheguem todos a receber a medalha dos 75 anos. Os que estão agora a começar, espero que tenham força, pois têm um longo caminho a percorrer", assinalou Ana Barros.
O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), ao iniciar a sua intervenção, destacou desde logo o facto de, em Leiria, ser o " único local da região onde se realiza a cerimónia, em simultâneo, de atribuição das medalhas evocativas e de receção aos mais novos". Estes momentos, destacou Carlos Cortes, "são simbólicos". E explicou porquê: "é um ato de passagem de experiência e conhecimento. Ser médico há 50 anos é muito diferente do que é hoje".
Esta cerimónia, assinalou ainda o presidente da SRCOM, "é o reconhecimento da Ordem dos Médicos a quem deu muito à causa de ser médico. Houve a criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), em 1979, e muitos dos que aqui estão deram um contributo muito importante para a criação do SNS e, sobretudo, para a sua manutenção". Assinalou: "Quem ao longo destes anos, aguentou estoicamente a tempestades para que Portugal tivesse uma Saúde universal – para todos – foram os médicos, mas também temos de reconhecer que outros profissionais de saúde lutaram igualmente pelo SNS". Carlos Cortes assinalou, ainda, ser fundamental "acarinhar" os médicos que enfrentam atualmente enormes obstáculos e bastante pressão no local de trabalho. "A relação médico-doente é fundamental", sustentou, "mas é cada vez mais difícil" uma vez que há o primado da quantidade em detrimento da qualidade. Carlos Cortes considera, pois, "imprescindível cultivar a relação milenar, entre o médico e o doente, venha a tecnologia que vier esta relação é insubstituível". Neste enquadramento, o presidente da SRCOM recordou o Fórum Iberoamericano de Entidades Médicas, que se realizou no início do mês em Coimbra, e no âmbito do qual se decidiu apresentar a candidatura à UNESCO a Património Imaterial da Humanidade, precisamente, a relação médico-doente. "Isto recoloca-nos num patamar em que os afetos são imprescindíveis, entre colegas e entre os nossos doentes". Após estas intervenções, por fim, foi o momento de atribuição de medalhas e todos os agraciados receberam, também, um flor.