A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos acolhe a conferência/debate “A Doença de Alzheimer e o Desafio da Longevidade – Prevenção, palavra-chave!”, no dia 7 de outubro, terça-feira, numa sessão que decorrerá em formato presencial e online.
Embora ainda não exista um tratamento eficaz capaz de reverter o curso da doença de Alzheimer, os avanços científicos das últimas décadas têm revelado um cenário cada vez mais promissor. Estes progressos abrangem não apenas o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas — tanto farmacológicas quanto não farmacológicas — como também a identificação de fatores de risco modificáveis. Assim, há razões concretas para alimentar a esperança entre os doentes, os seus cuidadores, os profissionais de saúde e a sociedade como um todo.
É com este olhar voltado para o futuro que Katia Andrade, neurologista, doutorada em neurociências cognitivas pela Sorbonne, a exercer a sua atividade no Institut de la Mémoire et de la Maladie d’Alzheimer, no hospital Pitié-Salpêtrière, em Paris, irá proferir esta conferência, aberta a todos.
O debate, organizado pela SRCOM em parceria com Katia Andrade, (cf. programa) decorrerá na Sala Miguel Torga (sede da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos), com início às 18h30.
A inscrição é aconselhável (presencial) e obrigatória (online)
· Link de inscrição: https://forms.gle/iqL1juQd9CiA2MQSA
· Link do webinar para participantes: https://us02web.zoom.us/j/82050916535
SINOPSE
A doença de Alzheimer é uma afeção neurológica dramática, que está na origem de distúrbios cognitivos e comportamentais progressivos e irreversíveis. A idade constitui o seu principal fator de risco, com uma prevalência que aumenta consideravelmente a partir dos 65 anos. Sabe-se, hoje, que esta doença evolui ao longo de décadas, com uma fase assintomática, caracterizada pela presença de lesões neuropatológicas específicas, embora silenciosa do ponto de vista clínico, à qual se segue uma fase sintomática, com a manifestação dos primeiros sintomas, sendo, então, possível estabelecer o seu diagnóstico clínico. A demência constitui um estádio avançado desta fase sintomática, definindo-se com base na perda progressiva de autonomia do doente.
Assim, embora não seja considerada ab initio uma demência, a doença de Alzheimer constitui a sua causa mais frequente, devido, sobretudo, ao aumento da esperança média de vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde, este desafio da longevidade faz da doença de Alzheimer uma prioridade em termos de saúde pública em todo o mundo.
Embora ainda não exista tratamento eficaz para reverter o curso desta doença, os progressos científicos das últimas décadas são cada vez mais promissores, não só no que diz respeito a novas intervenções terapêuticas (farmacológicas e não farmacológicas), mas também no que respeita à identificação de fatores de risco modificáveis, havendo, pois, motivos de esperança para doentes e cuidadores, profissionais de saúde, e sociedade em geral.
